Da vida, levam-se os amores, as amizades e os bons sentimentos. Talentoso e de muitas habilidades, Eduardo colheu bons frutos nos seus 80 anos de caminhada.
Foi criado pelos pais na pensão que mantinham na rua Lopes de Oliveira, na Barra Funda, zona oeste da capital.
Teve pouco tempo para ser criança, pois logo começou a trabalhar na entrega de marmitas feitas pelos pais.
Estender a mão ao próximo virou um hábito. De coração generoso, vivia preocupado com os familiares e amigos.
Trocou a profissão de professor por uma oportunidade no Grupo Folha. Entrou como escriturário, mas trabalhou no arquivo, no departamento pessoal e na Gazeta Esportiva. Virou jornalista por vocação. Torcer para o Corinthians, time do coração, só quando estava fora da Redação.
A empresa lhe deu muitas alegrias, entre elas a oportunidade de conhecer aquela que seria sua esposa, Maria Cecília.
Do casamento, nasceram três filhos. “Meu pai foi severo na nossa educação e nos ensinou o respeito. Ele falava com o olhar”, conta o filho, o jornalista Alexandre Pollara, 47. Com o único neto, o avô perdeu um pouco do limite, mas no bom sentido. “Neto é como se fosse um filho mais adocicado”, dizia.
No coração pacato e grande couberam a família, os amigos, os gatos que apareciam em sua casa e todos os que necessitavam de ajuda. Quando o assunto era arte, Maria Cecília tinha que conviver com duas rivais: a cantora Maysa e a atriz Elizabeth Taylor.
Após 33 anos de serviços prestados ao Grupo Folha, aposentou-se. A partir daí, a vida lhe reservou alguns momentos ruins. Em 2000, foi diagnosticado com mal de Parkinson e por duas vezes teve câncer —em 2001 na bexiga e em 2012, na próstata.
Eduardo da Silva morreu no dia 22 de junho, aos 80 anos, por broncopneumonia aspirativa e infecção no pulmão. Deixa esposa, três filhos e um neto.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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