Protesto antifascista termina em quebra-quebra e confusão em Curitiba

Ato de oposição ao presidente Bolsonaro foi convocado pelas redes sociais

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Curitiba

Um protesto convocado pelas redes sociais acabou em quebra-quebra e confusão na noite desta segunda-feira (1º) em Curitiba. A concentração para a manifestação, chamada de ato pacífico antifascista, ocorreu por volta das 18 horas, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no centro da cidade.

O grupo “antifa” carregavas faixas, com frases de combate ao racismo e ao fascismo, remetendo aos protestos nos Estados Unidos registrados desde a morte de George Floyd, negro, após a agressão pelo policial Derek Chauvin, que é branco.

Eles caminharam até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico da cidade, a cerca de 2 km da UFPR, onde finalizaram o ato. Eram cerca de 1.200 manifestantes, segundo a polícia militar (PM).

Vídeos publicados nas redes sociais mostram momentos pacíficos da manifestação, em que o grupo gritava palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro.

Outras imagens, porém, registram momentos de depredação de parte dos manifestantes contra prédios públicos e privados, como atirando pedras contra o prédio do fórum cível de Curitiba.

Há vídeos também de ações da polícia militar (PM) contra os manifestantes.

Em uma das imagens, gravada por um morador do entorno do protesto, policiais aparecem batendo com cassetetes em jovens.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, houve registro de danos em equipamentos públicos do município, como em algumas estações-tubo na região do Centro Cívico e pontos de mobiliário urbano na Praça Tiradentes e na rua Nestor de Castro, no Centro. O levantamento completo será divulgado nesta terça (2), segundo o órgão.

Em uma coletiva de imprensa realizada ainda à noite, o subcomandante geral da polícia Militar do Paraná, coronel Antonio Carlos de Morais, afirmou que a PM teve que a agir, “com a firmeza necessária” diante da ação “violenta” dos manifestantes.

Segundo ele, um policial ficou ferido no braço, após seu escudo ser atingido por uma pedra. O subcomandante afirmou que não há notícias de manifestantes feridos. Oito deles foram presos.

Ainda conforme o coronel, houve registros vandalismo contra o patrimônio, como do prédio do fórum cível de Curitiba, de uma agência bancária, e de pontos de ônibus. Segundo ele, a bandeira do Brasil que ficava em frente ao Palácio Iguaçu foi depredada.

“As provocações a gente teve que tolerar até certo ponto, até porque isso é próprio desse tipo de movimento. Quando eles partem para esse tipo de vandalismo, tentam inverter o polo, tentando se tornar a vítima e o algoz seria a Polícia Militar. Mas nós temos a obrigação de defender tanto a sociedade quanto o patrimônio”, declarou o PM.

Na convocação para o evento na rede social, a organização publicou uma nota em que afirma que o grupo se comportou de “maneira ordeira, em defesa da democracia e contra o racismo”.

“Infelizmente, no final do ato, em uma dispersão de alguns poucos, houve vandalismo contra o patrimônio público. O que, ao nosso ver, é muito estranho e suspeito e representa a presença organizada de infiltrados que desejam a criminalização do movimento”, diz a nota.

A organização do ato afirma ainda que houve uso excessivo da força por parte da PM.

Protesto contra o racismo tem depredação em Curitiba, diz PM
Protesto contra o racismo tem depredação em Curitiba, de acordo com a PM - Reprodução/Redes sociais
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