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João Doria

São Paulo: confiança na economia e no combate à pandemia

Compromisso com a saúde continuará sendo prioridade e, se houver piora, volta de restrições será necessária

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O governo de São Paulo foi buscar na ciência e na medicina as respostas para os desafios da crise causada pelo coronavírus. Medidas certas nas horas certas. A quarentena manteve 74% da atividade econômica em funcionamento em São Paulo e evitou, até agora, mais de 950 mil casos de Covid-19. Salvamos cerca de 65 mil vidas em todo o estado de São Paulo.

Mas é preciso entender que a quarentena não é um fim em si mesma. Ela é a primeira alternativa para salvarmos vidas diante de um vírus com alto poder de contágio. Em São Paulo, criamos sete hospitais de campanha, junto com a Prefeitura de São Paulo, e dobramos para 7.200 o número de leitos de UTI no SUS. Contratamos 6.300 profissionais. Recebemos até o momento 620 novos respiradores. Compramos 3,3 milhões de testes rápidos.

Mas sabemos que milhões de pessoas não poderão se manter em casa à espera da vacina, que resolverá definitivamente o problema. Para isso, devemos garantir que as atividades sejam realizadas com menor risco de transmissão e que as pessoas recebam o tratamento adequado, se necessário. Até agora, nossos profissionais de saúde já deram alta a quase 20 mil pessoas. Mais de 12 mil estão em tratamento.

Reconhecemos o trabalho e a dedicação dos profissionais que salvam vidas. Podemos avançar porque houve compreensão e colaboração da maioria da população e também porque investimos no fortalecimento do sistema de saúde.

Estamos ganhando, passo a passo, a batalha do achatamento da curva de contaminação. Na capital, chegamos ao índice de transmissão de 1 para 1, mantendo estável o número de novos casos. Temos dados estatísticos que nos permitem acompanhar a evolução em todas as regiões. O bom planejamento reconhece as diferenças locais para concentrar recursos e esforços onde eles são mais necessários.

Ouvimos mais de 400 empresas e mais de 150 entidades empresariais. Consultamos trabalhadores e também prefeitos de todas as regiões. Estudamos exemplos internacionais e formulamos cenários, orientados pelo comitê de especialistas do coronavírus. Ao longo de inúmeras reuniões estabelecemos um consenso técnico e científico. Depois de dois meses de cuidados redobrados, podemos agora dar um passo adiante na retomada da economia.

O Plano São Paulo é uma etapa gradativa e cautelosa, com permanente monitoramento de casos e de dados. Estabelecemos cinco níveis de abertura econômica nas 17 Divisões Regionais de Saúde de São Paulo. Cada região poderá reabrir setores de forma gradual, avançando um nível a cada 15 dias, à medida que melhorarem indicadores: ocupação dos leitos de UTI para Covid-19, número de novas internações e número de óbitos. Classificamos a ampliação de atividades por cores que refletem o estágio de cada município: vermelho (alerta máximo), laranja (controle), amarelo (flexibilização), verde (abertura parcial) e azul (normal controlado).

Nosso compromisso com a saúde continuará sendo prioritário. Se houver piora nos indicadores, o retorno de restrições será necessário. Os dados são públicos e atualizados diariamente na página do governo de São Paulo (www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/planosp). A transparência permite aos prefeitos exercerem a autonomia local, com critérios conhecidos pela população de cada município.

No entanto, o Plano São Paulo é mais do que uma retomada consciente da economia e da vida em sociedade. Ele oferece solução de cuidados permanentes, dados técnicos e recomendações de prevenção para as diversas atividades. É um sistema flexível e regionalizado para vencermos esse desafio com segurança e responsabilidade. É a base para recuperarmos a confiança num futuro melhor, preservando a saúde, a economia e os empregos.

João Doria

Governador de São Paulo (PSDB), ex-prefeito de São Paulo (jan.2017 a abr.2018) e empresário

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