Escolas de samba do Rio acreditam ser impossível Carnaval sem vacina para Covid

Entidade que organiza o desfile adiou para setembro decisão sobre evento

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Rio de Janeiro

Representantes de algumas das 12 escolas do grupo especial de escolas de samba do Rio dizem não haver segurança para o desfile em 2021 sem que haja uma vacina para a Covid-19. O temor foi tratado em reunião da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) nesta terça-feira (14).

O encontro terminou sem uma definição sobre a realização do evento.

"Imaginamos que até meados de setembro a gente tenha definição. Foi uma reunião de avaliação. Todo mundo entendeu que o projeto do Carnaval teve atraso e vamos aguardar os órgãos públicos", disse Jorge Castanheira, presidente da Liga. "Não podemos nos antecipar na frente da ciência. Só imaginamos o desfile em fevereiro com a vacina. O desfile não pode acontecer sem aglomeração dos desfilantes ou de quem está assistindo”.

Os carnavalescos lembraram que já deveriam estar ocorrendo às eliminatórias para a escolha dos sambas.

"Sem uma vacina, não é possível ter aglomeração para as disputas nas quadras. Também não podemos pensar no enredo sem saber qual será o formato do Carnaval”, afirmou Marco Aurélio Fernandes, diretor de Carnaval da Imperatriz.

Dirigentes da verde e branco de Ramos acreditam que apenas com os componentes e o público vacinados contra a Covid-19 será possível fazer o desfile .

A prefeitura do Rio informou que, neste momento, ainda não é possível falar em definição sobre o Carnaval em 2021 em função da pandemia. O poder público diz que segue "concentrando os esforços para salvar vidas e controlar a pandemia na cidade.”

Ainda de acordo com a prefeitura, a festa reúne milhões de pessoas e, durante o período da folia, há uma intensa movimentação pela cidade, incluindo o aumento do uso do transporte público durante um extenso período de tempo.

Por meio de nota, a Riotur informou que mantém conversas com o Ministério Público para o desenvolvimento do Caderno de Encargos do Carnaval de Rua, com vigência para os carnavais de 2021, 2022 e 2023.

Em caso de adiamento para o próximo ano, o Caderno de Encargos será válido também por três anos, que seriam os subsequentes (2022, 2023 e 2024). Concluída a etapa da produção do Caderno de Encargos, ele será enviado ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, para avaliação da viabilidade do evento junto de seu Gabinete Estratégico e Científico. Concluídas todas as etapas, a Riotur publicará o Caderno de Encargos.

Quanto à precificação dos ingressos do setor turístico, de acordo com a prefeitura, a Liesa solicitou formalmente à Riotur que não fosse divulgada a venda de ingressos até que houvesse a reunião da assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba que anualmente define as questões do próximo Carnaval.

“Após o comunicado do resultado desta reunião poderemos prosseguir para a etapa que cabe à prefeitura do Rio”, disse a Riotur.

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