O cardiologista Omar Thomé sempre quis ser médico. Segundo o genro, o publicitário Celso Vergeiro, 56, ele acreditava que sua missão era salvar vidas.
“O Omar gostava de se deparar com casos complexos e difíceis, porque se sentia desafiado. Ele ia estudar, se aprofundar e consultava os colegas para ver a melhor forma de tratamento. Os maiores desafios da medicina eram a alegria dele”, diz Celso.
O cuidado com o próximo sempre foi uma de suas características marcantes.
Filho de fazendeiro e dona de casa, Omar era o mais velho de três filhos. Apesar de gostar da atividade agrícola, viveu alguns anos em Mirassol (452 km de SP), sua terra natal, e se mudou. Passou uma temporada em Curitiba (PR) e depois foi para São Paulo.
O primo, o engenheiro químico Cézar Thomé, 84, lembra que Omar tinha paixão por dirigir. “Logo que veio a São Paulo, Omar morava em hotéis. Quando ele se hospedou em um hotel da rua Boa Vista, fez amizade com um taxista japonês. Ele pagava a corrida e dirigia o táxi pela cidade toda com o rapaz no banco traseiro”, conta Cézar.
Omar cursou a faculdade na Escola Paulista de Medicina e fez residência no Hospital das Clínicas. Tornou-se cardiologista, com atuação em vários hospitais e em consultório particular.
Viveu para se dedicar à família e à profissão. Estudava e participava de cursos e congressos para se aprimorar.
Era firme, inteligente e simples. Cuidou de todos –avós, pais, tios, filhos, primos, amigos e pacientes. Foi exemplo de humildade, honestidade, carisma e solidariedade.
Omar Thomé morreu dia 14 de julho, aos 85 anos, de infarto. Deixa esposa, cinco filhos e netos.
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