Novo Vale do Anhangabaú, em SP, deve ser entregue em setembro

Reforma de cartão postal de SP atrasou três meses devido à pandemia da Covid-19

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São Paulo

O novo Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, deve ser entregue em setembro, após reforma que começou em 2019 e deveria ser concluída em junho deste ano.

O atraso de três meses depois do prazo previsto, atraso que se deu devido à pandemia da Covid-19, segundo a prefeitura.

O projeto prevê a instalação de jatos d’água, 1.500 assentos, bebedouros, sanitários, quiosques de comércio, floriculturas e uma ludoteca —lugar que incentiva a aprendizagem através de objetos lúdicos—, 125 novas árvores e a instalação mais de 350 pontos de iluminação.

A proposta de obra havia sido feita inicialmente na gestão do petista Fernando Haddad (2013-2016), a partir de um projeto de intervenção que começou a ser desenhado em 2013 e tinha previsão de ficar pronto em 2016. Na gestão Bruno Covas (PSDB), foi retomado, como parte de um plano do tucano para revitalização do centro histórico.

A obra vai custar R$ 14 milhões a mais do que os R$ 80 milhões previstos inicialmente. A gestão Covas argumenta que precisou adequar o projeto básico. "Durante a elaboração do projeto executivo constatou-se que a altura do túnel do Anhangabaú era diferente da prevista no projeto básico, exigindo um acréscimo no volume de material e transporte para aterro, para viabilizar a implantação do sistema de aspersão e drenagem das futuras fontes", diz a prefeitura.

"No início da obra, foi identificada uma quantidade de interferências e matérias a serem demolidas e remanejadas que não estava prevista no contrato. Estas interferências foram descobertas somente após o início das escavações. Um exemplo foram os trilhos descobertos na avenida São João, que exigiram acompanhamento arqueológico, sem orçamento e preços na planilha do contrato."

A prefeitura já concluiu o trecho entre a avenida São João e o Viaduto do Chá. Agora, está instalando iluminação e as fontes. Também há obras das concessionárias Enel (energia), Sabesp (saneamento), Comgás (gás) e das empresas de telecomunicação.

Reforma do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo - Lalo de Almeida/Folhapress

Em maio, a gestão Covas publicou um edital de consulta pública para receber propostas de concessão do Vale do Anhangabaú por dez anos. O concessionário poderá locar áreas pertencentes à prefeitura e explorar publicidade e eventos.

Os investimentos previstos, segundo a gestão, são: monitoramento e vigilância com implantação de câmeras e postos de segurança 24h; instalação de lixeiras e sanitários públicos; fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e telefonia; disponibilização de Wi-Fi gratuito; o desenvolvimento de aplicativo móvel gratuito para fornecimento de informações com relação ao cronograma de atividades previstas para a área e, ao longo dos 10 anos da concessão, fazer reparos e manutenção de todas as áreas, galerias, quiosques e equipamentos existentes.

A ideia é mantê-lo aberto ao público, evitar gastos com a administração do local e ainda obter algum retorno financeiro, ainda que baixo diante do valor da reforma.

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