Descrição de chapéu Obituário Jorge Portugal (1956 - 2020)

Mortes: 'Tinha a sensibilidade típica do Recôncavo', diz Caetano

Professor, letrista, poeta, escritor e apresentador de TV, Jorge Portugal ensinou gerações

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São Paulo

O respeito que a Bahia tem pelo educador, professor, poeta, músico, escritor, apresentador de TV e ex-secretário estadual de Cultura Jorge Portugal, pode ser medido por meio das manifestações de pesar causadas por sua morte. Elas abrangem diversos segmentos políticos, times rivais no futebol, artistas e ex-alunos.

"Imensamente entristecidos, lamentamos a morte do ex-secretário de Cultura do estado. Educador, poeta, compositor, Jorge era um homem de múltiplos talentos, exercidos com a energia e a simpatia que inspirava todos a sua volta", afirmou o governador Rui Costa (PT).

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), também lamentou a morte do "grande professor, poeta e compositor". Assim como o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL), em quem a morte causou uma "tristeza imensa". "Portugal foi um dos artistas mais importantes da Bahia", disse Wyllys.

Jorge Portugal (1956-2020)
Jorge Portugal (1956-2020) - Reprodução/Facebook

Nascido em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo, o educador e artista foi autor de letras de músicas como "Só se Vê na Bahia", em parceria com Roberto Mendes, e "A Massa", com Raimundo Sodré.

Natural de Cachoeira, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) estudou com Portugal no Colégio Central, em Salvador. Segundo ela, os dois costumavam brincar sobre o fato de terem nascido em cidades vizinhas. "Sempre estivemos do mesmo lado", disse.

Ele foi professor de várias gerações, idealizador e autor do livro "Redação É Assim".

A morte foi lamentada também por dois times rivais, o Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória.

Nas redes sociais, o primeiro informou que estava agitando uma bandeira preta em homenagem ao professor. O segundo prestou solidariedade à família de Portugal, definido como um grande expoente da cultura baiana.

Logo após a morte, Caetano Veloso contou que foi vizinho do professor em Santo Amaro e que ele sempre demonstrou sua capacidade intelectual.

"Uma mente e uma sensibilidade típica do Recôncavo", definiu. "Tenho orgulho dele. Estamos todos com saudade do seu papo e das suas ideias".

Jorge Portugal morreu no dia 3 de agosto, aos 63 anos, por falência cardíaca aguda.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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