Os dias sofridos nunca foram impedimento para Moacir Paulino transmitir alegria. Não havia facilidade em sua vida.
Para ter melhores condições de moradia, por exemplo, comprou um terreno e passou anos construindo a própria casa, segundo conta o amigo há 35 anos, o presidente estadual do PC do B em Pernambuco, Marcelino Granja, 60.
“Ele era muito altivo, não reclamava das coisas e nem perdia o sorriso”, diz Marcelino.
Metalúrgico desde 1972, dois anos depois organizou uma greve na fábrica onde trabalhava e foi demitido por razões políticas.
Foi dirigente por diversos mandatos do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco, do qual chegou a ser vice-presidente e também presidente interino.
Além disso, atuou em outras entidades, como a Confederação Nacional dos Metalúrgicos e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) de Pernambuco, entre outras.
Em 2010, foi um dos fundadores e primeiros dirigentes da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil).
Além da atuação sindical, era militante e dirigente do PC do B de Pernambuco. Orgulhava-se por fazer aniversário na mesma data de fundação do partido. Entusiasta das lutas operárias, Moacir também gostava de se dedicar ao estudo e à leitura. Fez todos os cursos de formação do PC do B.
As poucas horas vagas eram entregues a momentos raros ao lado da família.
Não abandonava a esperança de viver em uma sociedade mais justa, igualitária e livre das dificuldades que atingem a classe trabalhadora.
Moacir Paulino morreu no dia 19 de setembro, aos 68 anos, em decorrência de complicações pulmonares. Ele estava internado desde julho, quando sofreu um AVC. Deixa esposa, filhos e netos.
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