Koji Takamatsu era extremamente simples e por ser adepto ao “sempre dividir” compartilhava seus conhecimentos de Karatê gratuitamente, quando necessário ou alguém solicitava sua ajuda.
Nascido na cidade de Kakogawa, província de Hyogo, Japão, chegou ao Brasil como imigrante, em 17 de fevereiro de 1956, no navio America Maru. Na bagagem, trouxe a missão de disseminar o estilo Wadô-Ryu de karatê no Brasil.
Por ter vindo ao Brasil sem os pais, Koji valorizou tanto os amigos que fez. “Se você tem um baú de dinheiro e um amigo, escolha o amigo, porque nunca vai te faltar”.
Segundo o filho, o presidente da Wadô-Ryu do Brasil e diretor técnico da Federação Paulista de karatê, Sérgio Takamatsu, 55, era o conselho que repetia com frequência.
Mestre dentro e fora do tatame, por mais de 70 anos Koji compartilhou conhecimento, sabedoria e simplicidade. O início da prática que considerava uma arte foi aos 12 anos.
“Através da arte marcial, ele ensinava subir um degrau de cada vez para adquirir conhecimento, com dedicação integral. Dentro da atividade que escolher, procure um bom mestre e assimile intensamente o bom fundamento, porque no futuro fará a diferença. O simples é o melhor”, afirma Sérgio.
Engenheiro agrônomo formado pela Universidade de Agronomia de Tóquio, Koji presidiu a Organização Wadô-Ryu do Brasil e da América do Sul e foi membro da comissão da diretoria técnica da Organização Wadô-Ryu Karatê-Dô Internacional. Fundou a Federação Paulista de Karatê e a Confederação Brasileira de Karatê.
Koji pregou a união, o espírito de compartilhar conhecimento e a amizade.
Ele morreu dia 6 de outubro, aos 89 anos, de falência múltipla dos órgãos decorrente de infecção generalizada. Deixa esposa, dois filhos, nora e neta.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.