O paulistano Rogério Stanisci Gomes era apaixonado por Carnaval, pelo Palmeiras e pela Escola de Samba Mancha Verde.
Frequentador assíduo da quadra da agremiação, Rogério guardava em seu coração parte da alegria transmitida pelo samba.
Somente a família conhecia seu lado extrovertido. Com a mãe, irmãos e sobrinhos, preocupava-se exageradamente. Se dependesse dele, nunca faltaria nada a ninguém.
Cuidadoso com assuntos pessoais, preservou sua vida ao máximo.
Dos três irmãos, Rogério era o mais despojado. Destacava-se também no quesito tranquilidade. Na escola, sempre foi um aluno exemplar, segundo o irmão, o jornalista Cristiano Stanisci Gomes, 45.
Ao concluir o ensino médio, investiu em cursos na área da saúde, como enfermagem e cuidador de idosos, sua atual profissão.
Antes de apostar nas capacitações em saúde, campo profissional que tinha afinidade, Rogério foi modelo e participou de campanhas publicitárias no Brasil e na Europa. Ficou cerca de dez anos e deixou o mundo do glamour por se decepcionar com a carreira.
Coragem não lhe faltou para viver intensamente tudo o que desejou. Das aventuras das viagens que fez aos shows de MPB, em especial da cantora e compositora Maria Bethânia, Rogério realizou seus sonhos.
Assim como os versos do último samba-enredo da escola de samba que tanto admirou —“Pai, perdoai, eles não sabem o que fazem—”, fez valer cada amanhecer e usou o seu tempo para sonhar.
Rogério Stanisci Gomes partiu precocemente no dia 23 de outubro, aos 42 anos. Deixa a mãe, dois irmãos, dois sobrinhos e a cunhada.
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