Descrição de chapéu Coronavírus datafolha

No Rio, 56% criticam condução da pandemia por Crivella; cariocas são os menos otimistas, diz Datafolha

Kalil, em BH, teve melhor avaliação em relação à pandemia, entre prefeitos pesquisados

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São Paulo

A maior parte dos cariocas avalia mal o desempenho do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição para a Prefeitura do Rio, na condução da pandemia de Covid-19 no Rio, segundo pesquisa Datafolha.

Ao todo, 56% dos entrevistados no Rio disseram que consideram ruim ou péssima a maneira como ele conduziu o enfrentamento à doença. Para 26%, foi regular. Outros 16% disseram que o desempenho foi ótimo ou bom.

A capital fluminense também é aquela, entre as quatro onde foi feita a pesquisa, em que menos gente avalia que a pandemia esteja melhorando: 48%, contra 66% em São Paulo e 68% em Belo Horizonte e em Recife. Para 29% dos cariocas ouvidos a situação em relação ao coronavírus piora.

Uma possível razão é o aumento recente de novas mortes, embora os índices diários ainda estejam longe do pico registrado em maio. O Rio foi, juntamente com São Paulo, uma das cidades onde a pandemia explodiu primeiro no Brasil.

O número de novas mortes está em queda desde junho, mas passou por repiques em agosto e setembro, que coincidiram com um aumento na ocupação dos leitos de UTI. Além disso, modelo estatístico usado pela Folha coloca a cidade em estágio de aceleração da pandemia, com crescimento rápido de novos casos.

Ao todo, apenas na capital fluminense, morreram mais de 11 mil pessoas em decorrência da pandemia, e 111 mil foram contaminadas, segundo os registros oficiais. O número real é ainda maior, dada a subnotificação.

A avaliação negativa da situação e da condução do prefeito coincide a alta rejeição do prefeito Crivella, que embora apareça em segundo lugar na corrida eleitoral tem 59% de rejeição entre os eleitores cariocas, segundo o Datafolha. O atual prefeito, no entanto, ainda tem a candidatura ameaçada em razão da condenação que sofreu no TRE-RJ por conduta vedada a agentes públicos na campanha de 2018.

O prefeito mais bem avaliado entre as quatro cidades pesquisadas pelo Datafolha é Alexandre Kalil (PSD), cuja condução da pandemia é considerada ótima ou boa por 67% dos eleitores. A avaliação também coincide com a aprovação do atual prefeito belorizontino, que, com 56% das intenções de voto na capital mineira, pode ser reeleito em primeiro turno.

Em BH, 68% dos entrevistados dizem acreditar que a pandemia está melhorando. Este é o mesmo índice de Recife, onde o desempenho do prefeito Geraldo Júlio (PSB) em relação à pandemia é avaliado por 42% como ótimo ou bom.

Em todas essas cidades, a proporção de pessoas que ainda estão em quarentena é baixa. 70% dos entrevistados no Rio e 73% dos entrevistados no Recife e BH disseram que estão vivendo a vida normalmente ou que saem de casa, ainda que com todos os devidos cuidado.

No Rio de Janeiro, onde o Carnaval de 2021 foi adiado, Crivella liberou no início deste mês grandes eventos, como casamentos, formaturas e shows, embora a lotação das UTIs na cidade, dias antes, tenha chegado a 90% na rede privada e a 86% na pública.

A principal maneira de conter a disseminação do vírus, segundo especialistas, é evitar o contato próximo e sem máscaras com outras pessoas, já que o vírus se espalha também por gotículas de saliva lançadas ao ar.

Também é majoritária a avaliação, em todas essas capitais, de que as escolas devem permanecer fechadas. Em geral, a maioria dos entrevistados também relatou não se sentir segura para ir a bares, shoppings, igrejas, praias ou cinemas.

As pesquisas Datafolha foram feitas nos dias 5 e 6 de outubro. No Rio, 900 eleitores foram entrevistados. Em BH e no Recife, foram 800 em cada cidade. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

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