A Polícia Civil de São Paulo investiga a suposta ligação entre um material apreendido na tarde desta quarta-feira (2), na zona sul da capital, com o mega-assalto ao Banco do Brasil realizado nesta semana em Criciúma (SC).
O material que inclui munição de fuzil calibre 7,62 mm, rádio transmissor e espoletas para acionamento de explosivos estava na casa da auxiliar de limpeza Vanessa de Faria Santos, que foi presa em flagrante. Também foi apreendido na residência celulares, carregadores de pistolas e seis tijolos de cocaína.
Os policiais foram até o local porque tiveram informações de que um indivíduo, morador daquela casa, estaria envolvido no roubo ocorrido em Santa Catarina. O suspeito de participação do roubo não foi encontrado, mas a responsável pela guarda do material foi presa em flagrante.
A cúpula da Polícia Civil trata o caso com cautela. Afirma que só poderá fazer uma ligação entre os dois casos após uma análise pericial do que foi apreendido e, também, após a prisão do suspeito e sua eventual confissão no ataque.
O Gate, equipe especializada em explosivos da Polícia Militar, foi acionado até o local e apreendeu o material para elaboração de laudo técnico.
O roubo realizado Criciúma é considerado o maior roubo do gênero realizado no estado. O ataque contou com a participação de 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas.
Assim com as ações realizadas no interior de São Paulo, os criminosos atacaram primeiro o batalhão da PM local com tiros nas janelas, além de colocar fogo em um caminhão na entrada do quartel para bloquear a saída de viaturas. “Uma ação sem precedentes”, disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas
Na sequência, os bandidos foram à Agência do Banco do Brasil.
O banco não informou sobre os valores roubados e disse que nenhum funcionário ou colaborador foi ferido. A Polícia Militar, porém, prendeu quatro pessoas que recolheram R$ 810 mil espalhados pelo chão após a explosão de cofres.
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