Além da relevância para Sinop (MT), o empresário Nilson Luiz Ruffato também era conhecido por ser um homem de família, ótimo pai e coração cheio de bondade.
A auxiliar financeira Edianes Reis Dionízio, 20, uma das filhas, conta que ele não media esforços para exercitar a caridade. Ajudava a igreja, a família, os amigos, funcionários e até estranhos.
A simplicidade o acompanhava desde cedo. Natural de Coronel Vivida (PR), Nilson trabalhou com agricultura até os 20 anos e depois em uma empresa de derivados de cimento. A profissão de mecânico industrial veio em seguida e foi a responsável por alavancar a sua carreira.
Em 1986, Nilson mudou-se para Sinop, onde abriu uma empresa especializada em mecânica industrial e virou referência no desenvolvimento, manutenção e reforma de máquinas para os mais diversos setores do agronegócio.
De espírito empreendedor, gerou empregos, formou e inspirou novos empresários e ajudou no desenvolvimento do segmento de indústrias madeireiras.
Em 2019, a Câmara Municipal de Sinop conferiu o título de Cidadão Sinopense Honorário pelos serviços prestados à cidade. Nilson era casado pela segunda vez, com a autônoma Tânia Reis de Almeida, 43. Terezinha Ruffato, mãe de dois dos seus filhos, morreu em 2003.
Edianes foi criada por ele desde três anos. “Ele me deu amor de pai, respeito e estudo. Sempre tive dele os mesmos presentes dados aos filhos biológicos. Para me incentivar nos estudos, ao final do ano, ele somava todas as minhas notas, as dividia pela quantidade de matérias e me presenteava com o valor do resultado em dinheiro".
O coração generoso de Nilson não aguentou as complicações da Covid-19, que também atacou os rins e o fígado.
A doença o impediu de realizar sonhos simples, como entregar o presente de Natal que havia comprado à neta Sofia, 7.
Na data em que aconteceria o jantar de Natal em família —antecipado para 18 de dezembro por motivo de viagem dos parentes— o vírus já o havia acometido junto com a esposa Tânia, que se recuperou. Por isso, o evento havia sido cancelado.
Nilson Luiz Ruffato morreu dia 14 de janeiro, aos 61 anos. Deixa a esposa Tânia, os filhos Everson, Crislaine e Edianes, e as netas Sofia, Aurora e Ana Lia.
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