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Paes descarta realizar Carnaval em julho no Rio de Janeiro

Para prefeito, realização de festa é algo impossível de se fazer no momento

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Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), descartou a realização do Carnaval do Rio de Janeiro no meio do ano, como estava sendo cogitado na cidade, por causa da evolução da pandemia de Covid-19.

Paes afirmou em suas redes sociais que "parece sem qualquer sentido" imaginar que o Rio terá condições de realizar a celebração no mês de julho.

Ele afirmou que o evento exigiria uma grande preparação por parte dos órgãos públicos e das agremiações e instituições ligadas ao samba, o que definiu como "algo impossível de se fazer nesse momento". "Dessa forma, gostaria de informar que não teremos Carnaval no meio do ano em 2021", disse o prefeito.

Ele acrescentou que, em 2022, com a população devidamente vacinada, a festa poderá retornar normalmente.

No último dia 18, Paes apresentou o plano para a campanha de vacinação contra Covid-19 no município do Rio. Segundo a prefeitura, serão 231 mil doses na primeira fase da campanha.

Ao todo, o estado do Rio de Janeiro deve receber 487 mil doses nesta primeira fase da vacinação. A imunização no Rio começou na segunda, em ato simbólico no Cristo Redentor.

Até o momento, o estado do Rio de Janeiro tem 28.215 óbitos por Covid-19, com 490.821 doentes. No Brasil todo, são 212.893 vítimas do Sars-CoV-2, com 8.639.868 infectados.

No ano passado, as escolas de samba e os blocos de rua do Rio haviam decidido que o Carnaval não aconteceria em fevereiro deste ano, como tradicionalmente acontece.

Além disso, haviam condicionado a celebração para a disponibilização de uma vacina e sua consequente aplicação na população.

No último dia 13, o governador em exercício Cláudio Castro (PSC) sancionou uma lei criando um carnaval anual em julho, chamado CarnaRio, para estimular o turismo.

O texto não foi bem recebido por blocos de rua do Rio, que repudiaram a iniciativa, dizendo que a festa só aconteceria depois de a população ser vacinada.

Após o anúncio de Paes cancelando o Carnaval, a Sebastiana Associação de Blocos de Rua do Rio disse ter recebido a notícia com alívio e apoiou a decisão do prefeito, que vai de encontro ao que defendia o grupo.

"Embora saibamos que há uma legião de trabalhadores da cadeia produtiva do carnaval que serão afetados com essa decisão, entendemos também que a cidade não tem condições de organizar e financiar a estrutura necessária para um evento do tamanho do carnaval", disse a Saebastiana, em nota.

O grupo disse que considera mais importante no momento o cuidado com as pessoas, o controle da pandemia e o respeito à vida e ao luto das famílias.

Também prometeu iniciar conversas com as secretarias de cultura tanto da prefeitura quanto do estado para que sejam criados editais de emergenciais de ajuda aos trabalhadores do carnaval.

De acordo com a Riotur, será a primeira vez que o Carnaval da Sapucaí não será realizado desde que o sambódromo foi inaugurado, em 1984. Segundo o Diário do Rio, a celebração de rua havia sido adiada duas vezes, em 1892 e 1912, sem ter sido cancelada.

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