Descrição de chapéu Obituário ANTONIO CARLOS DE GODOY (1940 - 2021)

Mortes: Escreveu sobre economia, tocou jazz depois dos 60

Antonio Carlos de Godoy morreu na segunda (1º) com problemas em decorrência de uma leucemia

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São Paulo

Durante a cerimônia de cremação do corpo do jornalista Antonio Carlos de Godoy, nesta segunda-feira, dia 1º, tocaram duas músicas: "Waltz for Debby", com Bill Evans ao piano, e também "An American in Paris", de George Gershwin.

Godoy morreu ainda na segunda com problemas em decorrência de uma leucemia, cerca de 12 anos depois de iniciar uma outra atividade com afinco, a música.

As duas composições que tocaram na cerimônia faziam parte do repertório que ele começou a montar após completar 60 anos. Godoy deixa a mulher, Vanessa Giacometti de Godoy, uma filha e uma neta, além de seu piano Yamaha meia cauda preto, comprado há dez anos para a sala de uma casa em Embu das Artes.

Paulistano, ele formou-se mestre em sociologia pela USP e partiu para o jornalismo logo depois. Ainda na década de 1960, trabalhou na Folha, como repórter e, depois de sua especialização em economia em Londres, foi editor de cadernos desta mesma área nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, onde integrou equipes de editorialistas, e nas revistas Exame e Visão.

Passou ainda por TV Cultura, BBC e Rádio Eldorado, além de ter sido assessor de imprensa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Atuária da USP e sócio da assessoria Printec Comunicação ao lado de sua mulher, que atribui a ele um olhar humanitário sobre as questões econômicas.

"Ele sempre buscou defender um equilíbrio econômico voltado à justiça social. Falava muito da influência da economia em áreas como educação e habitação, que julgava ser centrais na busca de mais igualdade", diz Vanessa Giacometti de Godoy.

Uma das coberturas mais importantes na carreira de Godoy foi na greve de 1968, que teve início na Europa e se refletiu no Brasil, no período da ditadura.

Embora, como pianista, tenha se dedicado ao jazz e à bossa, Godoy era ferrenho ouvinte de música erudita. Reclamava sempre do que considerava ser a parca representação de Ravel, seu compositor preferido, na programação da Sala São Paulo, cujos concertos frequentou e dos quais foi assinante por 20 anos.

Amava os cachorros e morava em uma casa cercada pela mata, com projeto de grande envolvimento pessoal que buscou, antes de mais nada, preservar as árvores que estavam no terreno.

Era chamado por vários de seus amigos de Mister Godoy, por causa de certas formalidades e da gentileza com que tratava aqueles que cruzavam seu caminho.

7º DIA PETRONILA ELIZABETTA MARIA RIZZO" Nesta quarta (3), às 18h, Paróquia Nossa Senhora da Esperança de Moema, av. dos Eucaliptos, 556, Moema

WANDA OLIVEIRA GALVAO DA SILVA" Nesta quinta (4), às 19h30, Igreja Santo Antônio, praça Cândido Mota, 35, Centro, Caraguatatuba (SP)

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