Descrição de chapéu Obituário Laerte Leite Cordeiro (1930 - 2021)

Mortes: Orientou empresários e queria bandinha no funeral

Laerte Leite Cordeiro era economista e administrador

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São Paulo

​Um homem com conhecimento vasto em economia e gerenciamento de recursos humanos, além de apreciador de cavalos, que cultivava a vida social em um clube tradicional de São Paulo, o Pinheiros.

​Morto na sexta (29) de embolia pulmonar aos 90 anos, Laerte Leite Cordeiro foi sério no emprego de números durante a vida e, bem-humorado até a morte, orientou seus filhos a contratar uma bandinha de sopro para o próprio funeral.

O economista Laerte Leite Cordeiro
O economista Laerte Leite Cordeiro - Arquivo Pessoal


​​​Nascido em São Paulo, Cordeiro teve entre seus primeiros empregos um cargo administrativo no laboratório de análises clínicas Adolfo Lutz. Pensou em fazer medicina, mas, consideradas as dificuldades impostas por condições financeiras, acabou optando pelo curso de economia da Faculdade São Luiz.

Por 15 anos, foi professor de Administração da Fundação Getulio Vargas, período no qual fez mestrado nos Estados Unidos. Mais tarde, decidiu que a vida de professor não era financeiramente próspera, ou não o suficiente. Foi para o mundo corporativo, especializando-se na gerência de recursos humanos.

​Com esse know-how, trabalhou na Light, uma das mais conhecidas empresas de geração de energia do país, e nas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, antes de abrir sua própria consultoria, onde desenvolveu um trabalho voltado para a recolocação de empresários no mercado, após serem demitidos.

Nas horas vagas, deixava de lado os papéis e a lapiseira Pentel mostarda, uma de suas preferidas, para jogar vôlei, boliche ou assistir corridas de cavalo. Tocou esse estilo de vida em boa parte ao lado de sua primeira mulher, Ivani, que em 2006 morreu após um acidente vascular súbito, quando estava ao lado do marido, em uma praia no Guarujá. Casou-se novamente aos 75 anos, com Cirlene, com quem vivia.

São fortes na recordação de seus filhos as idas ao Jockey Club de São Paulo, nos fins de semana. Paula Cordeiro Zilio, a caçula, diz que não existia na personalidade de seu pai nenhum traço de melancolia.

Ela se recorda com carinho das vezes em que viu Cordeiro subir ao palco para ser mestre de cerimônias de um concurso de bandas de fanfarra em Pinheiros. Quando jovem, ainda entre os anos 1940 e 1950, também tocou maraca junto aos colegas da banda de rumba Los Cubancheros.

Ter uma bandinha em seu funeral não foi possível por causa de restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Cordeiro foi enterrado no Cemitério do Araçá no sábado (30). Deixou mulher, dois filhos e quatro netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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