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Aglomerações no centro e em Pinheiros marcam dia de relaxamento da quarentena

Neste sábado, restaurantes e salões de beleza voltaram a funcionar em todo o estado de São Paulo

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Movimentação na noite desse sábado na rua Guaicuí, em Pinheiros Bruno Santos/Folhapress

São Paulo

O relaxamento de medidas restritivas ao comércio na capital paulista, neste sábado (24) em que o estado de São Paulo entra na segunda etapa da fase de transição do Plano SP, resultou em aglomerações em diversos pontos da cidade. A praça Roosevelt, no centro, o entorno do largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, e diversos pontos da rua Augusta, também na região central, foram cenários para as rodas de jovens, muitos deles sem máscara.

O recuo nas medidas de contenção da pandemia de Covid-19 permitiu o atendimento presencial em restaurantes, salões de beleza e barbearias, atividades culturais, parques e academias no estado de São Paulo. Os estabelecimentos, contudo, precisam limitar o horário de funcionamento para até oito horas por dia —exceto parques— e a ocupação a até 25% da capacidade, além de seguir protocolos sanitários.

Restaurantes, em tese, só poderiam funcionar das 11h às 19h. Porém, houve desrespeito às regras, com estabelecimentos estendendo suas atividades para além desse limite.

Entre 19h e 20h, a fiscalização foi fraca no entorno do largo da Batata, por exemplo, e mais severa em um conhecido ponto de encontro, o cruzamento da rua Peixoto Gomide com a rua Augusta.

Muitos bares e restaurantes respeitaram as restrições de contenção da pandemia, mas após o horário limite das 19h, ainda era possível identificar casas com portas abaixadas até a metade e ambulantes em atividade, vendendo bebidas, comida e cigarros.

Na avaliação dos especialistas, o governo de São Paulo tem relaxado de forma prematura as restrições impostas a atividades que podem provocar aglomerações e acelerar a propagação da Covid-19. O Brasil registrou 2.986 mortes pela Covid e 69.302 novos casos da doença neste sábado (24). Com isso, o país chega a 389.609 óbitos por coronavírus e a 14.307.412 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Na praça Roosevelt, a reunião de centenas de pessoas chegava a interromper o trânsito de carros de uma via lateral conhecida por ser endereço de bares e teatros. Ainda às 21h30, havia grupos com caixa de som ligadas, pessoa dançando, beijos e abraços. Poucos utilizavam a máscara de forma correta.

"Cheguei às 15h. Não achei a rua cheia, se comparado com o que normalmente é. Na mesa [de um restaurante] eu ficava sem máscara, mas se fosse ao banheiro colocava a máscara. Risco sempre tem, mas é muito pouco. É só não ter muvuca", disse Jorge Pacheco, 39, administrador, que colocou a máscara para falar com a reportagem, em uma rua no entorno do largo da Batata. Como muitos ali, ele retirava a máscara para beber, principalmente. "Mas só faço quando me sinto seguro para isso", disse.

Um jovem que não quis se identificar justamente porque não estava fazendo uso da máscara disse que houve grande movimentação durante a tarde ensolarada, e acha que só não correu riscos porque já teve um teste positivo para a Covid-19 no fim do ano passado e considera que desenvolveu imunidade.

Também houve movimentação alta na praça Benedito Calixto, em Pinheiros, onde centenas de pessoas permaneceram mesmo após o fechamento dos bares às 19h.

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