Morre menino de oito anos que foi baleado na cabeça em festa escolar no Rio

Kaio Guilherme foi baleado na cabeça na sexta-feira (16) enquanto participava de uma festa na escola onde estudava

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

O menino Kaio Guilherme da Silva Baraúna, 8, morreu na noite de sábado (24). Ele estava internado desde o último dia 17 em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Pedro 2º, em Santa Cruz. Kaio foi baleado na cabeça durante uma confraternização na escola onde estudava na Vila Aliança, em Bangu, na zona oeste do Rio.

Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte de Kaio e prestam solidariedade à família. Ainda não há informações sobre o enterro. A tia do menino, Raiane Baptista, 25, disse que a família está abalada.

Kaio Guilherme da Silva Baraúna, 8, atingido na cabeça por bala perdida no Rio
Kaio Guilherme da Silva Baraúna, 8, atingido na cabeça por bala perdida no Rio - Thais Silva no Facebook

“Ainda estamos sem entender. A última imagem que tenho dele é ele indo para a escola de bicicleta para aula de reforço. Era um menino muito inteligente, carinhoso. Era apaixonado pelo Vasco e estava muito feliz por ter visto seu time vencer”, conta Raiane.

Na terça-feira (19), Kaio passou por exames neurológicos e os resultados foram inconclusivos. Neste sábado (24), foram realizados novos procedimentos, que confirmaram a sua morte. A mãe do garoto, Thais da Silva, 29, autorizou a doação dos órgãos —a cirurgia para coleta foi realizada na tarde deste domingo (25).

De acordo com familiares do menino, não havia nenhum confronto na comunidade no momento da confraternização na escola. A mãe de Kaio é professora na unidade e estava no local quando ele foi atingido pela bala perdida.

Kaio foi baleado na cabeça, na tarde de sexta-feira (16). O menino aguardava na fila para fazer uma pintura artística quando a mãe o viu caído no chão. As investigações seguem na 34ª DP (Bangu). A Polícia Civil informou que aguarda o boletim médico do hospital.

“Diligências continuam em busca de informações que ajudem a esclarecer o caso e identificar a origem do disparo que atingiu a criança. Os agentes também vão coletar depoimentos de novas testemunhas ao longo desta semana”, informou nota da Polícia Civil.

“Ninguém ouviu nenhum barulho de tiro, nada. Estamos todos muito abalados. Tenho uma filha de três anos e o Kaio era como se fosse irmão dela”, lamenta Raiane.

Um levantamento da plataforma Fogo Cruzado revela que cem crianças foram baleadas na região metropolitana do Rio entre 2016 e 2021. Ainda de acordo com a plataforma, até o dia 18 de abril deste ano, já são seis crianças baleadas no Grande Rio, duas delas morreram.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.