Descrição de chapéu Obituário Mário Sérgio Duarte Garcia (1931 - 2021)

Mortes: Avô cheio de afetos, liderou a campanha das Diretas-Já

Mário Sérgio Duarte Garcia presidiu a seccional paulista da OAB de 1979 a 1981

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O advogado Mário Sérgio Duarte Garcia foi respeitado em todo o meio jurídico brasileiro. No seio familiar, era o vovô beijoqueiro e acolhedor da infância dos netos, que cantava músicas engraçadas, contava piadas e fazia mágica.

Mário Sérgio morreu dia 9 de abril, aos 89 anos, por complicações de uma pneumonia.

“Somos muito apaixonados pelo meu avô. Ele era um homem apaixonante, bom, afetuoso e cativante. Parecia pai dos filhos, netos e bisnetos. Cuidava de todos; justo e democrata, no sentido mais amplo das palavras. Ele se dava bem com qualquer pessoa, de qualquer idade ou classe social. Tinha respeito pelo próximo”, conta a distribuidora de filmes e estudante de literatura Julia Duarte, 39, sua neta.

Mário Sérgio Duarte Garcia (1931-2021)
Mário Sérgio Duarte Garcia (1931-2021) - Gabriel Cabral - 27.nov.2019/Folhapress

Formado em direito na USP, em 1954, presidiu a Associação dos Advogados de São Paulo, a seccional paulista da OAB, de 1979 a 1981, o Conselho Federal da Ordem, de 1983 a 1985, quando também assumiu a presidência do Comitê Suprapartidário pelas Diretas-Já.

Mário Sérgio foi secretário de Justiça de São Paulo durante o governo Orestes Quércia, de 1987 a 1990.

Paulistano, era o filho mais velho de uma família com quatro irmãos. Perdeu o pai num desastre aéreo aos 9 anos. Mário viveu um período com os avós paternos, que eram imigrantes portugueses, e depois com os maternos, uma família numerosa e divertida.

Além de sócio de um escritório de advocacia, fazia parte do corpo de árbitros do Centro de Arbitragem da Câmara do Comércio Brasil-Canadá, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e do Conselho Arbitral do Estado de São Paulo.

Envolvido em várias instituições políticas do direito, Mário Sérgio estava sempre em ação. Sociável, valorizava as homenagens, os encontros e eventos da área.

Os momentos de lazer não tinham um roteiro preestabelecido. Limitavam-se a atividades na fazenda, viagens com a esposa, leitura e música.

Viúvo, Mário Sérgio deixa dois irmãos, três filhos, 12 netos e seis bisnetos.

“Todas as pessoas que conviveram com ele aprenderam um pouco da visão mais democrática do mundo de respeito, generosidade, humildade e afeto. Meu avô também deixa o legado de luta pela democracia”, diz Julia.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.