Do judô, esporte que o consagrou campeão brasileiro em 1969 e proporcionou que competisse no Pan do México em 1975, Danilo Guimarães Fenelon tirou o foco e a disciplina que ensinou aos filhos Guilherme e Fernanda.
Para eles, foi muito mais que o melhor pai e amigo. “Meu pai era um homem íntegro, de caráter, leal, fiel, determinado e muito culto. Ele falava sobre vários temas e era nosso Google. Lia e decorava muitas coisas. Sabia dos assuntos de todos os países, discursava sobre arte e política com facilidade”, conta a filha Fernanda Amorim Fenelon, 24, engenheira aeroespacial.
Mineiro de Belo Horizonte, Danilo era o mais velho de sete filhos. Apesar da perda de uma irmã com 3 anos de idade, não faltaram bons momentos aos irmãos, primos e amigos ao longo da vida.
Em 1983, Danilo formou-se em Engenharia Industrial Mecânica na Universidade de Itaúna (MG). Depois, cursou pós-graduação em Engenharia Econômica e MBA em Gestão Empresarial.
Danilo acumulou experiência na área de logística e manutenção industrial. Tornou-se empreendedor ao fundar empresa que fabricava carrocerias especiais de caminhão. Foi grande incentivador das profissões escolhidas pelos filhos.
A maior parte dos finais de semana passava numa fazenda em Mateus Leme (MG), onde misturava trabalho e lazer. Mestre na arte de cozinhar, preparava do trivial ao sofisticado com perfeição.
A esposa, a médica cardiologista Lúcia Amorim Fenelon, 59, foi um capítulo especial em sua vida. Eles se conheceram no bairro onde moravam; Danilo era amigo do irmão de Lúcia. Em maio, o casal faria 35 anos de casamento.
A Covid-19 impediu a comemoração. As complicações causadas pela doença levaram Danilo, os pais e um irmão. Danilo morreu dia 23 de abril, aos 62 anos. Deixa a esposa Lúcia e os filhos Guilherme e Fernanda.
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