Descrição de chapéu Obituário João Batista Catunda Soares (1946 - 2021)

Mortes: Ensinou aos filhos a importância de valorizar a história

De boa memória, João Batista esbanjava capacidade analítica de décadas da história do Rio Grande do Norte

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São Paulo

Entre os bons exemplos que João Batista Catunda Soares deixou está a importância de valorizar a história. Nunca no papel de personagem, mas de observador, João tinha na ponta da língua o relato das últimas décadas dos municípios potiguares São Rafael, onde nasceu, e Assu, e do estado do Rio Grande do Norte. O filho Rudson Pinheiro Soares, 45, jornalista, era seu ouvinte assíduo.

“Eu tinha uma relação com meu pai na base da história política. Como ele ouvia muito os mais velhos na época de garoto, sua memória ia além do próprio tempo de vida dele. Admirava como aplicava sua capacidade de análise aos fatos guardados na memória”, diz Rudson.

João Batista Catunda Soares (1946-2021)
João Batista Catunda Soares (1946-2021) - Arquivo pessoal

João nasceu na Fazenda Macacos, em São Rafael. Caçula dos 12 filhos de Tertuliano Soares e Maria Emília Catunda Soares, a pecuária foi seu meio de sobrevivência e paixão.

Equilibrava a calma e o otimismo ao enfrentar dificuldades. Era um sertanejo de fibra. Ao longo da vida esbanjou amabilidade, senso de humor e lealdade aos amigos. Gostava de encontrá-los para a boa prosa.

Em 1966, Batistinha, como era chamado pelos familiares, casou-se com Inácia Pinheiro de Araújo Soares. Da união, que durou 54 anos, nasceram três filhos.

O casal viveu alguns anos na Fazenda Macacos, mas com a construção de uma barragem, tiveram que se mudar. Em 1980, adquiriram a Fazenda Bom Negócio.

Na nova moradia, continuou com a atividade pecuária e fez do local um refúgio para usufruir da companhia da família, brincar com os seis netos e receber os amigos.

Desportista, foi um dos responsáveis pela ascensão do Cruzeiro, time de futsal do Assu que se destacou em todo o RN, nos anos 80 e 90. “O time disputava de igual para igual os grandes campeonatos do estado”, diz Rudson.

João Batista Catunda Soares morreu no dia 6 de março, aos 74 anos, após sofrer um infarto. Ele se recuperava de um câncer. Deixa a esposa, três filhos, três noras e seis netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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