Descrição de chapéu Tragédia em Brumadinho

Mais de dois anos após acidente, corpo é identificado em Brumadinho (MG)

Rompimento de barragem matou 270 pessoas; 10 vítimas não foram localizadas ainda

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Belo Horizonte

Mais de dois anos depois do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), foi identificado mais um corpo de uma vítima, Renato Eustáquio de Sousa, quue tinha 34 anos e trabalhava como soldador da mineradora.

A localização dos restos que possibilitaram a identificação ocorreu em janeiro de 2021.

O acidente, em 25 de janeiro de 2019, provocou a morte de 270 pessoas, sendo que 10 corpos ainda não foram encontrados. A última identificação de vítima havia acontecido em 28 de dezembro de 2019.

"Um alento para as famílias das vítimas de Brumadinho: foi identificada hoje mais uma joia. Que Deus conforte os familiares. Não vamos perder as esperanças", disse o governador Romeu Zema (Novo). Joia é como Zema e familiares das vítimas se referem aos corpos ainda não localizados depois da tragédia no município da Grande Belo Horizonte.

Homem de cabelo escuro e curto e cavanhaque, sem camisa, com tatuagens nos braços, faz gesto de joinha
Renato Eustáquio de Souza, vítima do rompimento da barragem em Brumadinho cujo corpo foi identificado - Arquivo pessoal/Avabrum

"Estamos muito emocionados", afirmou à reportagem, chorando muito, a irmã do soldador, Angélica Maria de Sousa. A moça preferiu não fazer outros comentários sobre o anúncio da identificação do corpo do irmão.

As buscas por corpos em Brumadinho foram suspensas em 21 de março do ano passado, por causa da pandemia do novo coronavírus, e retomadas pouco mais de cinco meses depois, em 27 de agosto.

A área vasculhada tem volume de 11 milhões de m3 de lama, o que equivale a 4.400 piscinas olímpicas. Todos os dias, 60 integrantes do contingente do Corpo de Bombeiros atuam na localização das vítimas. Na fase inicial, o número era bem maior, chegando a 300.

A estratégia adotada nas buscas mudou. Antes o trabalho, em sua maior parte, era feito de forma manual. Agora há a utilização de máquinas, sobretudo retroescavadeiras.

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