Descrição de chapéu Obituário Vania Lucia Pavlova (1945 - 2021)

Mortes: Apelidada de Repórter Esso, foi a tia alegre e contagiante

Vania Lucia Pavlova dedicou sua vida ao bem-estar da família

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São Paulo

De curiosidade aguçada, a carioca Vania Lucia Pavlova era bem informada em relação aos principais acontecimentos do mundo e também da sua vizinhança. Por isso, o pai Wadin Pavlov a chamava carinhosamente de Repórter Esso.

Vania era a segunda mais nova de cinco filhos de um casal de comerciantes. De um sítio na região de Paracambi, no Rio de Janeiro, a família mudou-se para o bairro carioca Padre Miguel e depois para o Flamengo. Lá, Vania viveu dos 25 anos até os últimos dias.

De presença contagiante e comunicativa, Vania enchia os ambientes de alegria. Como qualquer jovem, tinha sonhos. Um deles, de se formar professora, foi realizado ao terminar o curso no Instituto de Educação Sarah Kubitschek, em Campo Grande, zona oeste do Rio.

Vania Lucia Pavlova (1945-2021)
Vania Lucia Pavlova (1945-2021) - Arquivo pessoal

Vania foi professora na Escola Raposo Tavares, hoje chamada de Espaço de Desenvolvimento Infantil Antônio Raposo Tavares, na Gamboa, no Rio.

A fama de Repórter Esso quando criança deu lugar à de excelente alfabetizadora na idade adulta. Com paciência e dedicação, mudou a vida de crianças com dificuldade de aprendizagem. Na escola, chegou a vice-diretora e ainda mantinha contato com alguns dos seus alunos do passado.

Vania não se casou e nem teve filhos, mas foi a melhor tia que alguém poderia ter. Os sobrinhos e os sobrinhos-netos eram os grandes amores de sua vida. Para eles e seus amigos, Vania virava tia Vaninha.

No papel de sobrinha, também foi a melhor, pois cuidou das tias, da mãe, de amigas que ficaram doentes e da irmã mais nova, já falecida.

“Tia Vaninha era intensa, amorosa e especial. Passava meus dias falando com ela na pandemia. Ela me ensinou a ler de tudo e também a ouvir os discos do Chico Buarque dos anos 1970. Minha tia era apaixonada pelo Chico e esteve em seu último show”, conta a jornalista Adriana Pavlova, 51.

Também antes da pandemia, Vania foi entrevistada para um documentário sobre a família materna. Para ela, o filme foi uma forma de eternizá-la.

“A tia dizia que o documentário ficaria pro resto das nossas vidas e os nossos descendentes, que seria lembrada para sempre!”, diz Adriana.

Vania morreu aos 75 anos, por complicações de uma trombose. Deixa a irmã Patrícia, o cunhado Joel, seis sobrinhos e os sobrinhos-netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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