O contato inicial de André Luiz Madureira Ferreira com a arte popular foi nas oficinas de teatro de Emílio Borba Filho, mas os primeiros passos do artista e encenador que ficaria para sempre marcado na história de Pernambuco ocorreram em 1977, quando deu vida ao Balé Popular do Recife.
Ao lado do então secretário municipal de Educação e Cultura do Recife, Ariano Suassuna, mergulhou num trabalho experimental com danças e folguedos populares.
A parceria é responsável pela criação do Método Brasílica, para manter as características das manifestações tradicionais.
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André era fundador e coreógrafo do Balé Popular do Recife, que inclui movimentos cênicos nas representações de dança da cultura popular pernambucana. O grupo é conhecido internacionalmente.
O arte-recreador Beto Madureira, 41, um de seus filhos, se lembra do pai como um homem guerreiro, severo e autoritário quando necessário, forte e destemido. Culto, apreciava leitura e meditação. “Sou o que sou hoje graças a ele.”
“Meu pai foi um gênio e mudou a dança pernambucana. Era considerado como pai para quem passou pelo balé. Lançou muitas carreiras artísticas”, diz o coreógrafo, dançarino e compositor Ângelo Madureira, 46, seu filho.
“Tinha aura de sabedoria. Tudo o que dizia levava o ar de maestria. Até as piadas e brincadeiras eram bem colocadas, com ensinamentos de vida. Das frases do senso comum, ele tirava algo que nos surpreendia”, diz Ângelo.
Natural de Garanhuns (PE), André morreu dia 15 de maio, aos 69 anos, de insuficiência respiratória. Deixa a esposa, cinco filhos e 12 netos.
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