Mesmo tomando cuidados contra o coronavírus, Eduardo Costa Neto foi infectado e entrou para as estatísticas de mortes por Covid-19 aos 29 anos.
Natural de Capão Bonito (a 231 km de SP), Eduardo era engajado na luta pela arte e pela cultura da cidade. Presidia o Conselho Municipal de Cultura e era “oficineiro” no Projeto Crear (Centro Recreativo Educação Artístico Renascer), que atende gratuitamente crianças e adolescentes usando a pedagogia Waldorf.
Eduardo começou como voluntário e depois se tornou professor. Atualmente, trabalhava com adolescentes de entre 12 e 16 anos.
Peggy Rische Lederer, 50, diretora pedagógica do centro, afirma que Eduardo tinha visão sensível para os problemas sociais. Inteligente, original e criativo, estava cheio de desejos e planos. Recentemente, havia levado um projeto de teatro para o Crear.
Eduardo dizia que cuidar do ser humano é essencial.
“Ele falava muito sobre a educação, o futuro e a importância de buscar novas oportunidades. Bom conselheiro e ouvinte, orientava os adolescentes sobre as belezas e o perigo do mundo, o respeito e a aceitação do próximo, independentemente de quem seja. Quando passamos na frente de sua sala, não conseguimos imaginar que ele não volta. Sua morte por Covid-19 foi um grande choque, porque o Eduardo era muito cuidadoso”, diz Peggy.
Eduardo Costa Neto foi internado na Santa Casa em 19 abril e, oito dias depois, transferido para o Hospital das Clínicas, em São Paulo. A Covid-19 causou complicações nos rins. Ele morreu no dia 9 de maio, aos 29 anos.
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