Descrição de chapéu Obituário Miguel Thompson (1964 - 2021)

Mortes: Lutou pela melhor qualidade da educação pública no país

Miguel Thompson foi puro amor ao cuidar da família e dedicar-se à educação

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São Paulo

Miguel Thompson construiu uma sólida trajetória na educação. Formado em biologia pelo Mackenzie, com mestrado e doutorado no Instituto Oceanográfico da USP, era diretor acadêmico da Fundação Santillana.

Escreveu livros didáticos e de difusão científica e foi consultor do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e diretor do Instituto Singularidades entre 2014 e 2019, além de professor do ensino básico por 25 anos.

“O Miguel conquistou o respeito de todos por ser competente e humano. Ele era puro amor e assim cuidou da família”, diz a professora Eloci Peres Rios, 58, sua esposa.

Miguel Thompson (1964-2021)
Miguel Thompson (1964-2021) - Bruno Santos - 23.nov.2016/Folhapress

O casal se conheceu no Instituto Oceanográfico e um mês depois iniciou namoro. Foram 33 anos juntos —Eloci e Miguel completaram 30 anos de casados em janeiro.

Movido pela vontade de melhorar a qualidade da educação pública, em agosto de 2019 criou a bancada da educação, movimento da sociedade civil apartidário.

A convite de Miguel, a educadora e diretora educacional do jornal Joca, Mônica S. Gouvêa, tornou-se membro da bancada.

“Lutar por uma causa é a frase que o define. O Miguel era empreendedor incansável. Deu muita autonomia a todos que trabalharam com ele, injeção de ânimo e engajamento. Ele descobriu a doença um ano após o lançamento da bancada. O Miguel foi um cara que durante toda a doença nunca falou em morte”, conta Mônica.

Em agosto de 2020, Miguel Thompson foi diagnosticado com câncer no cérebro. Ele não resistiu às complicações da doença e morreu dia 7 de junho, aos 57 anos. Deixa a esposa Eloci e as filhas Beatriz, 27, e Natália, 23.

“Miguel era inteligente, bem-humorado e só espalhou alegria. Ético, amava as pessoas e a educação. Ele era a minha metade. Quando eu tinha algum problema, ele me dizia que o final é sempre feliz”, afirma Eloci.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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