“Que seja livre o que vier; que seja doce o que ficar; e que seja breve o que tiver que ir.” A frase consta na foto em destaque no Facebook de Maria Luiza Rodrigues Viana, conhecida como Malu Viana.
Ativista social e política, militante negra antirracista e artista do hip-hop, Viana partiu precocemente, dia 12 de junho, aos 47 anos, após sofrer um infarto.
Natural de Porto Alegre, aos 15 anos, ela já conquistava espaço como líder estudantil e na música, em paralelo. Rapper, radialista, educadora social, produtora cultural, marcou presença nas principais lutas de sua geração.
“A Malu era empoderada. Preocupava-se com políticas públicas, principalmente voltadas à mulher negra e levantava a bandeira da desigualdade social e racial. Sonhadora e idealista, ela nos ensinou a nunca desistir, batalhar pelos ideais, pela educação e igualdade no mercado de trabalho”, diz o segurança
Luiz Otávio Rodrigues Barcelos, 53.
“Ela era uma mulher da luta antirracista, forte, não tolerava injustiça e lutava contra o genocídio da juventude negra”, diz a amiga Letícia Fagundes, 45, que também é produtora cultural.
“A Malu foi um raio. Alegre, radiante, debochada, sorriso largo e excelente comunicadora. Ela buscou o lugar da mulher no hip-hop”, afirma Fagundes.
Nas últimas eleições, Malu Viana foi candidata a vereadora pelo PT (Partido dos Trabalhadores) em Porto Alegre. Com 352 votos (0,06% dos válidos), ficou como suplente.
Muito ligada à família, seu sonho era ver a filha terminar um curso de inglês, segundo Fagundes.
Malu Viana deixa uma filha, a mãe e três irmãos.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.