Descrição de chapéu alimentação

Governo de São Paulo fecha 31 restaurantes Bom Prato aos fins de semana

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social do estado, diminuição dos horários foi feita para adequar o serviço à demanda

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São Paulo

Mesmo tendo pela frente período em que São Paulo ainda vê sua população passar dificuldades por causa da pandemia da Covid-19 e das temperaturas mais baixas do inverno, o governo de João Doria (PSDB) reduziu horários de serviço do programa Bom Prato em 31 unidades do estado.

Conhecido por vender refeições completas por R$ 1, os restaurantes atingidos pela medida não estão mais funcionando aos sábados e domingos.

Entre as unidades da capital paulista que tiveram a redução de horários, estão as de Cidade Ademar, Grajaú, Heliópolis, Itaim, Limão, Paraisópolis, Perus, São Miguel Paulista e Tucuruvi.

Em outras cidades, a medida atingiu restaurantes em Araçatuba, Barretos, Botucatu, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Itapevi, Limeira, Jandira, Jundiaí, Mogi das Cruzes, Osasco, Santo André, três unidades em Santos, São Vicente, São Carlos, Sorocaba, São José do Rio Preto e Taboão da Serra.

Nos dias de semana, o serviço permanece em todos esses locais.

Segunda a Secretaria de Desenvolvimento Social do estado de São Paulo, a redução foi pensada por causa de uma diminuição na demanda.

"Os usuários do Bom Prato foram comunicados em relação às readequações de funcionamento. É importante destacar que a Secretaria de Desenvolvimento Social monitora constantemente o serviço em cada restaurante, evitando excedentes ou demanda reprimida, atentando ao uso eficiente de recursos públicos", disse o órgão estadual por nota.

Se considerada a rede de 59 restaurantes, houve, porém, um crescimento da demanda em todo o período da pandemia. Em 2019, segundo dados do próprio governo, foram servidas 22.443.643 refeições em todo o programa do Bom Prato. Em 2020, esse número quase dobrou, saltando para 39.460.553 refeições.

Em 2021, segue a tendência de mais procura pelas refeições do Bom Prato. Até o dia 31 de julho, foram servidas 21.322.964 refeições. Nas 59 unidades, o governo continua dando refeições gratuitas a moradores de rua até o fim de agosto, mas é preciso ser cadastrado para ter direito ao benefício.

A Folha ouviu clientes do programa que elogiaram a qualidade da comida servida pelos restaurantes e falaram sobre a importância que tem junto à comunidade carente. "No meio da pandemia, não é um bom momento para fechar", diz José Marcelo da Silva, presidente da associação Ação Comunitária Nova Heliópolis. "Se o governo detectou redução na demanda, deveriam fazer um estudo de impacto e servir menos refeições naqueles dias, mas não podiam deixar de servir", prossegue.

Entre as unidades que estão servindo refeições todos os dias da semana no município de São Paulo estão os seguintes endereços: 25 de Março, Brás, Brasilândia, Campos Elíseos, Capão Redondo, Guaianases, Itaquera, Lapa, Santana e Santo Amaro.

Um motoboy ouvido pela Folha também disse que, na unidade Lapa, foi informado de que haverá redução de horário nos fins de semana, a partir de setembro. Também foi dito aos clientes que não poderá ser retirada mais de uma marmita por pessoa, em cada um dos horários de refeição, e que o governo também deve parar de servir comida na hora do jantar, o que a Secretaria de Desenvolvimento Social negou

Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o serviço seguirá igual até pelo menos o dia 31 de agosto. "Qualquer mudança no sentido de oferta de refeições e da gratuidade para moradores de rua, será comunicada previamente nos canais oficiais", completou a pasta.

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