Descrição de chapéu Obituário Adolar de Paula Mendes Filho (1962 - 2021)

Mortes: Das imagens extraiu a arte; do coração, a gentileza e o amor

Adolar era jornalista, artista plástico, ilustrador e caricaturista; colaborou com a Folha entre 1993 e 2018

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São Paulo

Em todas as artes que a vida propôs, Adolar foi um exemplo de perfeição: nas pinturas em tela, nos traços fortes, encantadores e exagerados, nas ilustrações que falavam mais do que as palavras, com a bola nos pés e como o melhor amigo que se pode ter em casa —pai e marido.

A família e os amigos o consideravam unanimidade em caráter, educação e gentileza, pois foi amado por todos que o conheciam, de acordo com a economista Ivaldete Rodrigues de Luna, 56, sua esposa.

O historiador Stefano de Luna Mendes, 29, um dos filhos, diz que entre as grandes lições de vida que deixou está a importância de constituir uma família humana, onde todos se amem.

Adolar de Paula Mendes Filho (1962-2021) e família
Adolar de Paula Mendes Filho (1962-2021) e família - Arquivo pessoal

De tudo o que mais gostava, a preferência era por ficar em casa e junto da família. Contar piadas, música clássica, todos os tipos de arte e conversar sobre política, futebol, psicologia, espiritualidade e história apareciam nas outras posições do ranking —não necessariamente nesta ordem.

Carioca e vascaíno, Adolar foi um grande jogador de futebol amador. Segundo Stefano, em 1977 chegou a jogar na base do Vasco.

Adolar formou-se em jornalismo na Universidade Gama Filho, em 1984. Também era artista plástico, ilustrador e caricaturista.

A carreira de ilustrador começou em 1987 no jornal Tribuna da Imprensa. Em 1991, ingressou em O Dia. Dois anos depois, venceu concurso para revelação de novos talentos na Folha, onde trabalhou até 2018. Colaborou com o Painel, fez tirinhas e artes de especiais, entre outros.

“Adolar fazia ilustrações desde os quatro anos de idade e nunca estudou para isso. Era o que mais gostava de fazer”, afirma Ivaldete.

Na empresa aberta em 1996 —o Studio Aquarela— colaborou com diversas editoras brasileiras, especializadas em livros didáticos e infantojuvenis, além de trabalhos prestados para revistas, periódicos empresariais e agências de publicidade.

Adolar tem uma galeria permanente com cerca de 500 caricaturas no restaurante italiano Lellis Tratoria Campinas, nos Jardins, feitas desde 1996.

Durante a pandemia de Covid-19, o artista pintou telas. Fez três grandes e uma série com personalidades.

Adolar morreu dia 2 de agosto, aos 59, vítima de câncer. Além de Ivaldete, deixa os filhos Stefano, Vitória e Helena.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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