Descrição de chapéu Obituário Lázaro de Oliveira (1923 - 2021)

Mortes: Ensinou aos filhos o valor da simplicidade e do tempo

Seu Lazinho, como era conhecido, manteve os hábitos religiosos até seus últimos dias

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São Paulo

O mineiro Lázaro de Oliveira, ou Seu Lazinho, como era conhecido, pregava o que transmitia através do olhar: a simplicidade.

Sem cultivar grandes ambições, ensinou aos filhos a levar uma vida simples, ajudar o próximo e a valorizar o tempo.

De Minas Gerais, Lazinho foi para o norte do Paraná e aos nove anos chegou a Bragança Paulista (a 85 km de SP). Religioso como a família, estudou em seminários em Mogi das Cruzes (a 57 km de SP) e Nova Friburgo (RJ).

Ao desistir da carreira religiosa morou na capital e retornou a Bragança Paulista. Profissionalmente, chegou a ser contínuo no antigo Banespa (hoje incorporado ao Grupo Santander).

Lázaro de Oliveira (1923-2021)
Lázaro de Oliveira (1923-2021) - Arquivo pessoal

Lazinho casou-se duas vezes. Ao lado de Evangelina foi pai de oito filhos. Tempos após a viuvez, veio o segundo matrimônio. Conceição, com quem dividiu a vida por 36 anos e teve três filhos, era uma velha amiga, pois já havia trabalhado em sua casa como diarista.

Seus hábitos religiosos sempre o acompanharam. “Ele era como um reloginho. Diariamente, às 18h, rezava o terço. Ia à missa com frequência e fazia parte de grupos de oração. Meu pai estava sempre sorrindo. Nós nunca tivemos uma situação financeira boa, mas mesmo assim ele ajudava quem tinha mais dificuldade”, diz o deputado estadual paulista Daniel José (Novo), um dos filhos.

Dono de boa dose de paciência e tranquilidade, sempre incentivou os filhos a seguirem o caminho que desejassem. “Ele não se importava com o poder aquisitivo, mas sim com os valores que passou. Eu vejo pessoas que dizem que têm fé grande, mas não colocam em prática. Ele colocava”, afirma Daniel.

Na simplicidade alimentava um gosto refinado. Apesar de desconhecer os compositores, apreciava e ouvia música clássica. Outro hábito era o da leitura. Segundo Daniel, o ritmo era frenético: devorava dez livros de uma vez.

Seu Lazinho também gostava de dirigir, tanto que o fez até os 94 anos, quando foi proibido pelos filhos após sofrer um acidente e a sua saúde dar sinais de que precisava de atenção.

Entre os problemas de saúde que amargurava estavam o cardíaco, renal e uma pneumonia que aparecia eventualmente. Ele morreu dia 4 de agosto, aos 97, após parada cardiorrespiratória. Deixa a esposa Conceição, filhos, netos e bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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