Ipês-amarelos florescem em SP em reação ao tempo seco

Com curta duração, fenômeno é estratégia de sobrevivência da planta

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Ipê-amarelo em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo

Ipê-amarelo em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo Karime Xavier/Folhapress

São Paulo

Faz alguns dias que flores de ipês-amarelos viraram atração em cidades onde há profusão dessa típica espécie da mata atlântica brasileira.

Em São Paulo, por exemplo, as homenagens têm movimentado as redes sociais com selfies floridas e cliques das pétalas amarelas nos galhos ou para mostrar o tapete formado pelas flores que caem sobre o asfalto.

A florada dos ipês é um fenômeno curto, com duração de cerca de sete dias, e representa uma reação da árvore —que também está presente no cerrado— ao tempo seco.

Como a capital paulista teve recentemente uma sequência de dias com baixa umidade do ar, os ipês, agora, no auge do inverno, reagem em floradas como estratégia de sobrevivência.

“A árvore floresce para atrair os polinizadores e, assim, dar origem a novas sementes que vão se transformar em novas árvores”, diz o biólogo Marcos Sorretino, professor da Escola Superior de Agricultura (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).

O especialista explica que a árvore sofre um estresse hídrico durante o inverno, quando as raízes se aprofundam no solo em busca de água e, em seguida, perdem suas folhas como uma forma de armazenar energia. A última etapa dessa estratégia de sobrevivência é o florescer. “Em situações extremas, de muita falta d’água, pode haver duas floradas seguidas”, diz o biólogo.

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