Quem observa a foto de Antonio Fernandes Ferreira Pinto no perfil do Facebook não imagina as voltas que a sua vida deu desde cedo.
Natural de São Paulo, perdeu o pai na juventude, aos 18 anos, e precisou tomar a frente dos negócios da família junto com a com a mãe, Olga Garbin Pinto e o irmão Aercio Ferreira Pinto, na época com 16.
Os três assumiram a Cotesp (Companhia de Tecidos São Paulo) e, depois, adquiriram também a Indústria e Beneficiamento de Tecidos São Paulo, conta Aercio.
Antonio estudou no tradicional colégio Dante Alighieri, na zona oeste da capital paulista. Com esforço e ajuda da família, tornou-se um autodidata e um líder na empresa da família.
O encerramento das atividades das duas companhias alimentou o noticiário do dia 12 de novembro de 1996. Juntas, elas empregavam cerca de 240 pessoas, com receitas robustas. Na época, a família decidiu trabalhar com importação de tecidos.
Antonio também esteve no comando da Unit (União Nacional da Indústria Têxtil) e foi diretor na Agropesp (Agropecuária São Paulo).
Apesar de muito dedicado à família e ao trabalho, ele teve tempo para dois hobbies: aviação e náutica. Como foi piloto privado de aviões multimotores, deslocava-se com facilidade para Ilhabela (a 198 km de SP), onde dirigiu e foi o sócio mais antigo do iate clube. Antonio começou a frequentar o município em 1961, de acordo com Aercio.
Antonio gostava de artes plásticas, especialmente pintura. Ele relacionava-se bem com todos e era considerado tranquilo e bem-humorado.
Morreu dia 4 de setembro, aos 87 anos, por complicações causadas por uma infecção urinária. Ele deixa a amiga de infância e esposa Vera Moreno Ferreira Pinto, três filhas, cinco netos, uma bisneta, dois irmãos e muitos amigos.
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