Descrição de chapéu Obituário José Mário Sousa (1951 - 2021)

Mortes: Mestre na fotografia, era generoso e apaixonado pela vida

José Mario Sousa construiu sua história na imprensa de Ribeirão Preto

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São Paulo

José Mario Sousa tinha para a vida o mesmo olhar especial que faz da fotografia uma arte. “Viva! A vida é bela” foi a última frase que disse ao jornalista Guilherme Plaza Sousa, 38, um dos seus filhos.

Ele morreu no dia 27 de setembro, aos 69 anos, por complicações de uma cirurgia para retirada de uma hérnia.

José nasceu na região rural de Passos (MG) e aos 14 foi morar na cidade. Com 17 anos mudou-se para Ribeirão Preto (a 313 km de SP).

José Mario Sousa (1951-2021)
José Mario Sousa (1951-2021) - José Mario Sousa no Facebook

Lá, o primeiro trabalho foi com entrega de encomendas para uma mercearia até que surgiu a oportunidade numa loja de fotografia, onde aprendeu a técnica, bem como revelação e ampliação.

O início da carreira como fotógrafo ocorreu em 1970, na assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto. Depois, estudou jornalismo na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), onde mais tarde se tornaria professor.

José foi repórter fotográfico dos jornais Diário de Notícias, Semanário Domingão, Jornal de Sertãozinho, Jornal A Cidade, e atuou como diretor no Jornal de Ribeirão. Em 1993, fundou o Jornal Enfim.

Fotógrafo, jornalista e professor universitário, além da Unaerp, José lecionou em outras instituições em Ribeirão Preto, Orlândia (a 365 km de SP) e em Uberaba (MG). Além disso, dirigiu o Projeto Rondon, também em Ribeirão Preto.

Das boas histórias que a família e os amigos contam, todas evidenciam seu caráter solidário. “Um cara incrível, tranquilo e que gostava de ajudar. Tem muita gente grata ao meu pai. Ele sempre dava um jeito de ajudar as pessoas, nunca fez julgamento e nem esperava gratidão por parte delas”, diz Guilherme.

“O Zé Mario foi um querido amigo meu, padrinho do meu primeiro casamento, primeiro empregador em Ribeirão [Preto], professor de fotografia, uma pessoa crucial na minha vida, no início da minha carreira, de abrir portas e apoio”, afirma a repórter especial da Folha Cláudia Collucci.

“Era um mestre nato, daqueles prontos para ensinar, acolher. Foi responsável pela formação e ajuda a uma geração de jornalistas da minha época. Ele teve um papel muito importante na imprensa de Ribeirão Preto, seja como professor, empreendedor. Era unanimidade em Ribeirão [Preto], sempre querendo incentivar e ajudar as pessoas. Foi uma perda dolorida”, completa Cláudia.

Outra marca de José era o otimismo. Nada o encobria.

Além do trabalho, adorava caminhar, as artes em geral e os três “filhos” de quatro patas —os cães Fred e Chica, e a gata Frida.

José Mario deixa a esposa Valéria, os filhos Jovita, Guilherme e Breno, e a neta Giulia.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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