Descrição de chapéu Obituário Uriel Villas Boas (1939 - 2021)

Mortes: Lutou por questões humanitárias e pela igualdade social

Uriel Villas Boas era leitor assíduo do Agora e da Folha, e sempre contribuía com comentários sobre o noticiário político

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São Paulo

O jornalista, advogado e sindicalista Uriel Villas Boas era um leitor voraz do Agora e da Folha.

Participativo, suas opiniões fortes faziam parte do dia a dia dos jornais, com comentários enriquecedores sobre o noticiário político e de atualidades, principalmente em relação ao atual governo federal.

Entusiasta da liberdade de expressão e de imprensa, com frequência contribuía com o debate público através dos jornais.

Uriel Villas Boas (1939-2021)
Uriel Villas Boas (1939-2021) - Sindipetro Litoral Paulista no Facebook

A última contribuição para o Agora foi para a coluna Desabafo. “A CPI do Senado Federal ao que consta vai propor o indiciamento do presidente Bolsonaro pelo seu comportamento inadequado em relação à saúde dos brasileiros. Que ele receba a punição que merece”, escreveu em 15 de outubro.

No dia seguinte, a comunicação e o movimento sindical perderam um pouco de sua graça. Aos 82 anos, Uriel não resistiu a um infarto.

Natural de Montes Claros (MG), passou a maior parte da vida em Santos. Durante 46 anos, trabalhou na Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista) —atualmente parte da Usiminas. Uriel presidiu o Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, foi membro da Associação dos Metalúrgicos Aposentados e da coordenação do Fórum da Cidadania de Santos.

Entre 2003 e 2004, foi vereador em Santos pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro), ocupando uma vaga de suplente. Depois, filiou-se ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e se candidatou a vereador nas últimas eleições, mas não foi eleito.

Lutador incansável, não se conformava com a desigualdade social. “Ele morreu tentando mudar o mundo”, afirma a costureira Helenice Romano, 67, sua companheira havia 42 anos.

Atualmente, lutava por um salário melhor aos aposentados. “Sempre na luta. Desde que eu o conheci dentro do sindicato —eu era secretária dele—essa parte bonita que ele tinha, a de dedicação, que me cativou. Ele era íntegro e um exemplo de político honesto”, conta.

“Não conheci uma pessoa tão carinhosa, amável e ligada nas coisas humanitárias como ele”, diz Helenice.

Para a família, no dia a dia Uriel era um homem generoso, educado, carinhoso, alegre, dedicado e muito preocupado com os filhos. Gostava de abraço, carinho e queria estar sempre perto, segundo Helenice.

Uriel deixa a companheira, quatro filhos e quatro netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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