Descrição de chapéu Obituário Sérgio Rosário Moraes e Silva (1946 - 2021)

Mortes: Advogado e mágico, espalhou alegria e otimismo

Sérgio Rosário Moraes e Silva gostava de animar festas com truques que encantavam crianças

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São Paulo

Sérgio Rosário Moraes e Silva tinha dois orgulhos: ser paulistano e advogado formado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo São Francisco (região central da capital paulista).

Filho do jornalista José de Moraes e Silva e da dona de casa Mafalda Abramo de Moraes e Silva, Sérgio nasceu numa maternidade na rua Frei Caneca. Na época, a família morava no Cambuci (região central).

A infância e adolescência foram vividas na Vila Clementino (zona sul). Boa parte da vida escolar Sérgio passou no Colégio Liceu Pasteur.

Sérgio Rosário Moraes e Silva (1946-2021) e a neta Alice de Moraes e Silva
Sérgio Rosário Moraes e Silva (1946-2021) e a neta Alice de Moraes e Silva - Arquivo pessoal

Sérgio trabalhou em escritório próprio até poucos dias antes de morrer. "Ser advogado era uma parte fundamental da identidade dele. A irmã, os tios e enteados são da mesma profissão", conta a artista plástica Christiana Moraes, 49, sua filha.

Em paralelo com a advocacia, na década de 1990, Sérgio empresariou e trouxe ao Brasil para shows algumas atrações internacionais como The Platters, Sérgio Endrigo, Peppino di Capri e Rita Pavoni.

Generoso, humilde e comunicativo, gostava de boa prosa com qualquer pessoa. Até antes da pandemia de Covid-19, fazia questão de se encontrar regularmente com os amigos da faculdade para almoçar.

Por sua personalidade, recebeu o título vitalício de festeiro entre amigos e familiares, visto como alguém vivia intensamente.

Amou, dançou, viajou e aproveitou cada celebração. "Na família, ele era conhecido como mágico, porque fazia mágica nas festas e no dia a dia", conta Christiana.

"Meu tio sabia comer fogo com fósforo, tirar moedas do cabelo e continuou fazendo isso com nossos filhos. Toda festa de crianças, a que ele nunca faltou, elas pediam as mágicas", conta a jornalista Cíntia Moraes Acayaba, 39, sua sobrinha.

Sérgio era um homem culto e leitor assíduo da Folha. "Amava o jornalismo e até o final da vida leu sobre todos os confrontos políticos. Ele achava que a Ilustrada tinha uma pegada indie e brincava que sabia tudo de garage [gênero de música eletrônica]", lembra Cíntia.

Em junho deste ano, Sérgio e a mulher, Mônica de Moraes e Silva, foram diagnosticados com câncer —no fígado e no cérebro, respectivamente.

Otimista, ele entrou no hospital dizendo "vou sair dessa", mesmo ciente da gravidade da doença e ainda planejava viagens com os netos.

Mônica morreu no dia 12 de agosto. Sérgio, no dia 9 de novembro, aos 75 anos. Viúvo, deixa dois filhos, um enteado, três netos biológicos e quatro netos "de coração".

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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