Descrição de chapéu Obituário Neuza Terezinha Tasca (1950 - 2021)

Mortes: Fã de arte e de vinho, cultivava amigos e uma boa conversa

Neuza Tasca morreu aos 70 anos, em decorrência de um câncer

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São Paulo

Sob os olhos dos parentes e amigos, a gaúcha Neuza Terezinha Tasca guardava uma longa lista de adjetivos e elogios. Elegante, especial, dona de um humor ácido delicioso, aventureira e desgarrada.

Culta e com um leque infinito de assuntos, ela gostava de fazer amizades e de uma boa conversa. Carismática, era um exemplo de generosidade, afirmam as pessoas que a conheceram.

Pela personalidade alegre e marcante, carregou ao longo da vida muitos amigos, alguns de muitas décadas.

Mulher de cabelos escuros e vestido de festa preto está em pé encostada em uma mesa
Neuza Terezinha Tasca (1950-2021) - Arquivo pessoal

Luiz Antonio Del Tedesco, editor do Painel do Leitor e de colunas da Folha, lembra de um almoço ao lado da amiga numa churrascaria rodízio, na Pompeia (zona oeste da capital paulista).

"Isso faz uns 30 anos. Os caras serviam chimarrão no restaurante. O pessoal do almoço entrou, saiu, chegaram os clientes da noite e estávamos lá comendo churrasco e conversando. Eles não podiam mandar a gente embora. Estava super animado. Tomamos chimarrão do meio-dia até a meia-noite".

Natural de Porto Alegre, Neuza gostava de ler, viajar e aprender. Cursou jornalismo na PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e passou por alguns jornais locais, entre eles o Zero Hora, segundo a nutricionista Berenice Maria Tasca, 66, sua irmã.

Neuza intercalou períodos em veículos de imprensa com cursos fora do país. Por cerca de dez anos, morou na Europa. Conseguiu uma bolsa de estudos em artes gráficas na Itália e estudou inglês em Londres, onde também fez cursos de artes.

Novamente no Brasil, voltou ao Zero Hora e depois ingressou na Folha. No total foram duas passagens pelo jornal, separadas por experiências no diário esportivo Lance, no Rio de Janeiro, e em um veículo no Espírito Santo.

No pós Folha definitivo, Neuza trabalhou ainda com o jornalista e colunista Reinaldo Azevedo numa revista. Depois, decidiu voltar em definitivo para Porto Alegre. Até o início da pandemia, ela estava cursando letras PUCRS e dando aulas de inglês para a terceira idade.

"Ela viveu muito bem. Lutou e conseguiu fazer o que quis e teve o bom vinho, a boa comida, o bom papo, a cultura e as artes, em geral", diz Berenice.

Neuza morreu dia 21 de outubro, aos 70 anos, de câncer. Solteira, deixa três irmãos e uma sobrinha.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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