Descrição de chapéu Obituário Manoel João Batista Castello Girão (1961 - 2021)

Mortes: Generoso foi professor e médico ginecologista referência no Brasil

Manoel Girão trabalhou por 42 anos na Escola Paulista de Medicina da Unifesp

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São Paulo

O médico e professor Manoel João Batista Castello Girão era uma referência quando se tratava da ginecologia no Brasil —ele também era diretor da EPM/Unifesp (a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo) e presidente do Conselho Estratégico do Hospital São Paulo.

Ele faleceu no dia 30 de outubro, aos 60 anos, vítima de complicações da Covid.

"Era uma pessoa competente, ética e extremamente generosa com os outros", afirma o professor Fulvio Alexandre Scorza, vice-diretor da EPM/Unifesp.

Imagem em primeiro plano mostra dois homens sorrindo e posando para foto
Professor dr. Manoel Girão (à dir.) e Fulvio Alexandre Scorza, vice-diretor da EPM/Unifesp (Escola Paulista de Medicina; à esq.) - Arquivo pessoal

De origem humilde, Manoel Girão contou com o esforço próprio e da família para se formar. Filho único, ingressou na Escola Paulista de Medicina no começo da década de 1980 e foi um dos alunos destaque na graduação, segundo Fulvio.

"Mesmo sendo uma escola pública os livros eram caros, tudo era caro naquela época", afirma o vice-diretor.

Na graduação, optou pela ginecologia e obstetrícia e fez a residência médica na EPM. A pós-graduação, o mestrado, o doutorado e a livre docência também foram realizados na Unifesp.

Em 1989, ingressou na carreira de docente e tornou-se professor titular.

"A Escola Paulista de Medicina foi palco da brilhante trajetória do professor Manoel Girão, lugar ao qual dedicou a sua carreira por 42 anos", afirmou em nota a instituição.

O professor Fulvio recorda que mesmo estando em uma fase mais confortável de sua carreira tanto pública quanto privada, há dois anos Girão aceitou o desafio de dirigir a EPM.

"Com uma visão acadêmica e empresarial excepcional, ele revolucionou nesses dois anos a gestão da Escola Paulista", afirma o vice-diretor. "[Ele fez] uma administração muito mais empática e humanizada com relação a todas as questões envolvendo tanto a academia quanto a população em geral".

À frente de projetos sociais durante a pandemia, junto com a equipe da EPM conseguiu uma série de doações que foram distribuídas para a comunidade do hospital e do entorno.

"Para toda a comunidade da Unifesp é uma perda irreparável", afirma Fulvio.

"O professor, de uma forma precoce, infelizmente não resistiu a esse vírus que assola o mundo e que muitas vezes podería ter sido evitado no nosso país", completa.

O médico estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein desde o dia 19 de agosto. Ele deixa a mulher, dois filhos e a mãe.

De acordo com o vice-diretor, a ideia é continuar o legado do professor Girão. "Para mim ele era um mentor, praticamente, meu professor".

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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