Descrição de chapéu Obituário Daniel Frandolozo (2002 - 2021)

Mortes: Moda de viola e sertanejo antigo eram suas paixões

Daniel Frandolozo morreu por complicações de um câncer, aos 19 anos.

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São Paulo

Aos 12 anos, Daniel Frandolozo, conhecido como Daniel Viola, começou a se interessar pela música. A moda de viola e o sertanejo antigo eram suas grandes paixões. O seu maior ídolo era Tião Carreiro.

Ele faleceu no dia 26 de outubro, aos 19 anos, após dois meses em coma por causa de um tumor no cérebro.

"É até impressionante o menino da idade dele gostar de sertanejo raiz", afirma a irmã Danieli Frandolozo.

Imagem em primeiro plano mostra um jovem de chapéu sentado de frente para um microfone e segurando uma viola
Daniel Frandolozo (2002-2021) - Arquivo pessoal

O dom para tocar instrumentos de cordas o fez aprender muito rápido a dedilhar a viola. As apresentações solo começaram quando ele tinha entre 16 e 17 anos. No início, Daniel só tocava, depois começou a soltar a voz.

"Ele era um menino muito amado, uma pessoa boa de coração e muito humilde", afirma a irmã. "Ele conquistava todo tipo de público, da criancinha até o idoso".

As apresentações eram feitas na cidade natal, em Sinop (503 km de Cuiabá), em Mato Grosso, mas também nos municípios da redondeza.

A música para ele estava em todos os lugares. Em casa, passava o tempo todo cantando e tocando, recorda a irmã. A facilidade com os instrumentos musicais também o fez se tornar professor de música.

"Não sabemos de onde veio essa inspiração. Parece que era algo que nasceu com ele, porque ninguém da nossa família ouvia música sertaneja antiga", afirma Danieli

Segundo a irmã, empresários já estavam fazendo propostas para alavancar sua carreira, mas não deu tempo.

Um tumor no cérebro foi descoberto em maio deste ano. Assim que foi diagnosticado, precisou fazer uma cirurgia. No entanto, o custo do tratamento era muito alto. Os amigos, então, se juntaram e abriram uma vaquinha online.

Músicos da cidade também se reuniram e fizeram uma live para arrecadar dinheiro.

De acordo com Danieli, em menos de uma semana a família conseguiu juntar o valor. "Foi muito rápido. As pessoas o ajudaram porque ele era muito amado".

A história do Daniel Viola comoveu muitas pessoas da cidade, de outros estados e até fora do país.

"Ele era um menino que com 19 anos viveu intensamente. Aproveitou cada minuto, tanto que ele tinha conseguido comprar carro, moto e os aparelhos de som que são todos caros", afirma a irmã.

Depois de três meses do diagnóstico, o câncer agressivo dobrou de tamanho e nos últimos dois meses ele entrou em coma.

No enterro, os amigos fizeram uma homenagem ao som da viola. "A música sertaneja que ele amava", recorda Danieli.

Ele deixa a mãe, o pai e a irmã.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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