Descrição de chapéu Obituário Claudio Newton Bozzo (1955 - 2021)

Mortes: Palmeirense, arquiteto e cervejeiro, foi fiel aos três adjetivos

Claudio Newton Bozzo morreu em decorrência da Covid-19

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Desde criança Claudio Newton Bozzo demonstrava amor incondicional e devoção pelo Palmeiras, além de grande vocação para o desenho, pois passava horas rabiscando, pintando e garatujando os jogadores de seu time em papéis de embrulhar pão, cadernos, cortinas, paredes e chão.

O esporte também levou o moleque a cabular aulas para bater uma bola. Foi assim na Caetano de Campos, Rio Branco, Mackenzie, Oswaldo Cruz, Piratininga e no supletivo, que teve de cursar para compensar anos de atraso amealhados nas quadras e campos de futebol.

Castigos dados pela mãe, Wilma Roberto Bozzo (1931-2019), nunca inibiram a "contravenção" praticada pelo gazeteiro.

Claudio Newton Bozzo (1955 - 2021) e a esposa, Adriana Renata
Claudio Newton Bozzo (1955 - 2021) e a esposa, Adriana Renata - Arquivo pessoal

No clube Palestra Itália, de criança até atingir a fase adulta, o Baixinho, como era chamado, foi acolhido em quase todas as atividades esportivas, menos no basquete, pois sua baixa estatura não permitia, embora jogasse bem. Entretanto, causava inveja nos barbados e suspiros nas mocinhas quando nadava, praticava saltos ornamentais e claro batendo uma bola, principalmente no futebol de salão.

Em uma das partidas de futebol no campo de areia no Colégio São Luiz, em São Paulo, jogando pelo time do colégio Rio Branco, levantou a torcida. Todos clamaram ao juiz por conta de um único gol que Claudio realizou, mas contra.

"Tira o Baixinho! Tira o Baixinho! Tira o Baixinho!" gritaram, enquanto eu e nosso pai, Carlos Bozzo (1929-1994), nos entreolhávamos buscando solidariedade, pois sabíamos que até os craques erram.

A mocidade chegou e levou Claudio a cursar arquitetura em Mogi das Cruzes, na faculdade Brás Cubas, onde se formou, além de acentuar seu lado boêmio, afastando-o aos poucos dos esportes. O Baixinho virou Gordinho.

Uma hepatite, ainda moço, fez com que seu fígado ficasse debilitado. Noites de boemia regadas a chopp e muita música nos bares Alemão, Berimbau, Óbvio, Clube do Choro, Vou Vivendo, Filial e o escambau contribuíram para fragilizar sua saúde.

Recusou um convite de nosso pai para ir estudar na Alemanha. Optou por ficar no Brasil, curtindo a noite, e se casar com uma colega de faculdade, Adriana Renata. Claúdio trabalhou realizando obras para escolas do estado de São Paulo e projetos de moradias.

Com o fígado e os rins comprometidos, contraiu Covid-19 e foi internado no dia 14 de outubro, mas não resistiu e morreu na segunda-feira (22), em São Paulo. Seu corpo será velado na capela do cemitério do Redentor, em São Paulo, onde será sepultado.

Claudio Newton Bozzo deixa a mulher Adriana Renata, a filha Tatiana, o filho Thiago, além de dois netos, Luigi e Giuliano.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.