A prefeitura de Ilha Comprida voltou atrás e afirmou que o menino de 11 anos ferido na praia na segunda-feira (15) não foi alvo de um cardume de cação (termo popular utilizado para se referir a tubarões pequenos), como havia dito anteriormente.
O acidente ocorreu por volta das 12h. A Prefeitura havia afirmado, em nota, que um cardume em deslocamento havia esbarrado e ferido o menino, causando uma lesão leve. A criança foi atendida em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), levou pontos na coxa esquerda e passa bem.
Em novo texto publicado nesta terça-feira (16), a administração municipal disse que uma análise técnica concluiu que o incidente não foi causado por um tubarão, mas provavelmente por um cardume de raias ticonha (Rhinoptera bonasus e R. brasiliensis) muito comuns na região, ou por uma espécie de peixe ósseo.
A análise foi realizada por uma equipe do Projeto Elasmocategorias, iniciativa que monitora a pesca de tubarões e raias de todo o litoral sul de São Paulo, a partir de vídeos, entrevistas e fotos do ferimento da criança.
O biólogo Paulo Santos, coordenador do Elasmocategorias, diz que a região é rica em espécies de peixes, incluindo aquelas que são alimento para os tubarões, e que isso "é um fator que ajuda a acreditar que não haveria motivos para um ataque".
A equipe também usou a experiência do monitoramento pesqueiro da região, feito em parceria com os pescadores, para chegar à conclusão. "Os primeiros comentários sobre a possibilidade de serem raias vieram dos próprios pescadores", afirma Santos.
Segundo o portal G1, a criança mora no interior de São Paulo e estava na cidade a passeio no feriado, visitando o pai, que mora em Ilha Comprida.
Nas redes sociais, o pai do menino, Celso Marques Moreira Junior, lamentou o acidente e agradeceu a Deus pela recuperação do filho.
"Agradeço a Deus pelo livramento do meu filho Carlinhos! Um lamentável acidente!", escreveu.
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