Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Vulcão de Tonga e poluição podem estar por trás de céu rosado no Rio

Fenômeno também foi registrado em Salvador

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Rio de Janeiro

O amanhecer no Rio de janeiro costuma maravilhar muita gente. Nos últimos dias, porém, cariocas e turistas ganharam mais um motivo para se deslumbrar como o nascer do sol. No lugar do amarelo e do laranja, o céu acordou com um inusitado tom de rosa que surpreendeu pela beleza. Registrado também em Salvador (BA), a razão do fenômeno, contundo, tem a ver com a poluição.

Quem explica é o meteorologista Marcio Cataldi, professor da UFF (Universidade Federal Fluminense). Segundo ele, há duas hipóteses para a mudança de tom. A primeira tem a ver com partículas da erupção de um vulcão em Tonga, na Oceania, que teriam chegado ao Rio. Iluminadas pela radiação do sol, elas teriam colorido de rosa o céu.

Céu rosado
O amanhecer no Rio ganhou um tom rosado que chamou a atenção de cariocas e turistas - Crédito: Elisa Soupin

No dia 15 deste mês, a erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha'api causou tsunamis na capital do país, Nukualofa, no Japão e na Samoa Americana.

O fenômeno durou oito minutos e foi tão forte que o som foi ouvido "como um trovão distante" a mais de 800 km de distância, disseram autoridades das ilhas Fiji. Em Tonga, a população fugiu para lugares mais altos, enquanto casas eram destruídas pela água.

O especialista, no entanto, diz que a mudança de tom também pode ter sido produzida também pela concentração na atmosfera do ozônio, um poluente que traz prejuízos à saúde. Segundo ele, não é a primeira vez que isso acontece no céu do Rio.

Céu rosado
Mudança na cor do céu pode ter sido causada pela erupção de um vulcão em Tonga ou pela presença de ozônio na atmosfera - ( Foto: @infanteg07 no twitter )

"Quando a gente tem muita concentração de ozônio e dias de muito calor, acaba criando um ar descendente que aprisiona o ozônio e faz com que ele não consiga se dispersar", explica o meteorologista, acrescentando que o tom rosado é efeito da presença desse poluente.

"Eu acredito mais nisso do que na questão do vulcão. A hipótese do ozônio é mais razoável e preocupante." Cataldi explica que esse poluente é altamente nocivo para a saúde, podendo ser, inclusive, cancerígeno. "Para mim, é pior essa hipótese do ozônio do que a do vulcão, porque ela é passageira e não tem problema para a saúde", diz ele.

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