Descrição de chapéu transporte público trânsito

Desvio para trecho interditado na marginal Tietê abre até segunda (7)

Criada na área de 3 imóveis, rua provisória fica ao lado do local onde houve acidente em obra do metrô de SP

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo prevê abrir até segunda-feira (7) uma rota alternativa ao trecho interditado da marginal Tietê, sentido rodovia Ayrton Senna, junto ao local onde na última terça-feira (1º) foi aberta uma cratera no asfalto.

As obras emergenciais de trânsito começaram nesta sexta-feira (4) após a publicação de um decreto que pede a requisição administrativa de três imóveis para o prolongamento da rua Aquinos, na Água Branca (zona oeste), paralela ao local do acidente.

Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que acompanhou o início das obras, o percurso provisório irá aumentar em 200 metros o caminho que de quem está na via local.

Os imóveis serão devolvidos aos proprietários quando a pista local da marginal for liberada ao trânsito. A estimativa da prefeitura é que isso não aconteça antes de 31 de março.

Não há construções para serem demolidas nos imóveis requisitados, a não ser os muros derrubados nesta sexta, e tendas do estacionamento de uma concessionária de veículos que seriam retiradas.

No fim da tarde de quinta-feira (3), foi liberada a pista central da marginal, que estava interditada desde a manhã de terça, quando ocorreu o acidente na obra do metrô.

"A CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] indicou abertura dessa via opcional de desvio, principalmente por causa do transporte público e de motociclistas, que passaram a circular pelas pistas central e expressa da marginal", afirmou Nunes, dizendo que todo o trânsito da pista local, inclusive de carros e caminhões, poderá ser desviado para a rua Aquinos.

Segundo a CET, cerca de 420 mil veículos por dia passam pelo trecho onde ocorreu o acidente na marginal Tietê.

Nunes disse que devem ser canceladas as multas de motociclistas que, por causa das interdições nas vias local e central, usaram a pista expressa, proibida para motos.

De acordo com a prefeitura, cinco linhas de ônibus, que atendem cerca de 38 mil passageiros ao mês, passam pelo trecho na pista local da marginal.

O custo da obra emergencial, de acordo com a administração municipal, será pago pela Acciona, concessionária responsável pela linha-6 do metrô.

Em nota, a empresa disse que não há estimativas de custo no momento.

Além do prolongamento, as obras preveem reforço no asfalto do trecho atual da rua Aquinos para suportar a quantidade de veículos que passarão no local.

Além de auxiliar o tráfego na região da marginal, a nova via deve desafogar o tráfego das avenidas Ermano Marchetti e Marquês de São Vicente por causa do problema com a obra do metrô.

Área particular na Água Branca, na zona oeste de São Paulo, onde a prefeitura começou a construir um prolongamento provisório da rua Aquinos, como alternativa à interdição da pista local da marginal Tietê por causa da abertura de uma cratera em obra da linha 6-laranja do metrô - Fábio Pescarini/Folhapress

O rodízio de veículos, suspenso até esta sexta, será retomado na segunda-feira, de acordo com a prefeitura.

Trabalhos

No local do acidente foram instalados na quinta-feira cerca de 200 metros de tapumes para evitar que a curiosidade de motoristas cause lentidão no fluxo de veículos.

A pista central foi liberada após a concretagem do local do acidente. A cratera foi preenchida com 4.000 m³ de concreto, o equivalente a 650 caminhões betoneira. Além disso, foram despejados 12 mil m³ de pedras no poço de ventilação da linha 6-laranja, o que corresponde a 1.200 caminhões basculantes.

Na noite de quinta, a Sabesp disse que serão drenados aproximadamente 170 milhões de litros de material da saída de emergência e dos túneis da obra da linha-6.

As bombas transportam o volume para o coletor localizado na margem direita (oposta ao acidente) do rio Tietê. Ao longo desse trabalho de drenagem, parte do esgoto também vai ser bombeada para um interceptor provisório até a recuperação do que foi danificado.

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) está apurando as possíveis causas do acidente. O rompimento ocorreu quando o tatuzão, equipamento responsável pela escavação dos túneis do metrô, passava cerca de três metros abaixo da tubulação de esgoto, segundo o governo do estado.

Não há prazo para retomada deste trecho da obra. A linha-6, para ligar a Brasilândia, na zona norte, à Liberdade, no centro, foi retomada em 2020 pelo governo João Doria (PSDB) após quatro anos de paralisação. Trata-se de uma das principais apostas de vitrines eleitorais do tucano.

Com 15 estações, a estimativa é que a linha seja concluída em 2025 —a primeira promessa de inauguração foi para 2013. Segundo o governo estadual, por enquanto, não há previsão de novo atraso.

O tatuzão, como é popularmente conhecida a tuneladora, o equipamento responsável por escavar os túneis do metrô, entretanto, continua submerso, segundo a Acciona. Ele começou a perfuração em dezembro do ano passado, a partir do túnel do outro lado da marginal.

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