Mortes: Fiel escudeiro de Muricy Ramalho, era apaixonado pelo futebol

Tata trabalhou como jogador, técnico e auxiliar na sua carreira no futebol brasileiro

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São Paulo

Mário Felipe Perez, o Tata, como era conhecido, era visto pelos amigos como um homem calmo. Entre os mais próximos era lembrado por adorar a família, falando sempre da sua relação com os filhos e netos.

Tata nasceu em São Paulo, onde começou a jogar bola. No campo próximo a sua casa conheceu Muricy Ramalho, com quem jogou durante a adolescência.

O campo foi o ponto de encontro e de partida da amizade e parceria profissional que durou mais de 40 anos.

Bom de bola dentro dos gramados e à beira do campo, construiu boa parte de sua carreira em times como São Paulo, Santos, Portuguesa, Juventus e São José. Atuando principalmente como meia, jogou profissionalmente nas décadas de 1970 e 1980.

Mário Felipe Perez (1953-2022) - Almeida Rocha - 1º.jul.08/Folhapress

Após a aposentadoria como jogador, foi para a comissão técnica, passando por Santo André e Portuguesa Santista. Tata se tornou auxiliar de Muricy em 1999, quando atuaram juntos na Portuguesa Santista. A dupla chegou ao São Paulo em 2006, quando ganhou o Campeonato Brasileiro.

Juntos eles conquistaram mais de dez títulos, sendo a Libertadores com o Santos, o Campeonato Paulista pelo São Caetano, o bicampeonato pernambucano com o Náutico, dois títulos estaduais com o Internacional, o Brasileiro com o Fluminense e, com o São Paulo, o tricampeonato brasileiro de 2006, 2007 e 2008.

Eles encerraram a parceria em 2016, no Flamengo, atuando por mais de 20 jogos pelo time. Na época Muricy decidiu que havia chegado a hora da aposentadoria como técnico, seguindo como comentarista esportivo e hoje coordenador de futebol no São Paulo.

Tata era católico. Muricy conta que, no período em que moravam em Porto Alegre, o auxiliar ia à igreja quase diariamente e, na volta, sempre trazia um sanduíche para o amigo, que preferia não sair de casa.

Um cuidado que se manifestava também no campo: era ele quem acalmava Muricy quando o amigo ficava mais nervoso que o necessário. Para o técnico, eles se complementavam: um com o temperamento calmo, e o outro mas explosivo.

"Ele era meu cara, que cuidava muito de mim quando eu precisava. Independentemente do lugar que a gente estava, ele estava sempre me acalmando, sempre me ajudando, uma parceria muito boa", disse à Folha.

Mário Felipe Perez morreu no dia 9 de fevereiro aos 68 anos. Ele deixa a esposa Joyce e os filhos Caco, José Renato e Ana.

​​coluna.obituario@grupofolha.com.br

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