Motorista de aplicativo é achada morta dentro de porta-malas em Curitiba

Michelle Chinol, 39, lutava artes marciais; corpo apresentava corte profundo no pulso

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Andrea Torrente
Curitiba

A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de uma mulher de 39 anos, cujo corpo foi encontrado no porta-malas do seu carro na última quarta-feira (16), em Curitiba. Michelle Caroline Chinol trabalhava como motorista de Uber e praticava artes marciais.

O cadáver foi encontrado por agentes da Guarda Municipal da capital, que perceberam um cheiro forte exalando do veículo. O carro havia sido guinchado por estar em situação irregular no dia anterior, terça-feira (15), numa rua do bairro Ganchinho, na zona sul da cidade, e levado para o pátio da Secretaria Municipal de Transportes.

mulher loira com top e short curto preto segura placa em ringue de MMA
Michelle Caroline Chinol, 39, foi achada morta em porta-malas; ela trabalhava como motorista de Uber e praticava artes marciais - @michellechinol no instagram

Após um chaveiro ter sido chamado para abrir o carro, os agentes encontraram o corpo da mulher e acionaram a Polícia Civil, que passou a investigar o caso e a realizar diligências para esclarecer o fato.

"A princípio não foi possível visualizar marcas de lesões, apenas um corte profundo na região do pulso. Não houve indícios de que a vítima estaria envolvida em condutas criminosas, e ainda não se sabe ao certo o que motivou o ataque", afirmou a polícia, em nota.

Michelle lutava artes marciais como jiu jitsu e muay thai. Praticava também capoeira e curso de tiro. Seu apelido no tatame era Gasparzynha, mesma alcunha que ela usava também nas redes sociais.

selfie de mulher loira de blusa preta em carro
Corpo de Michelle Chinol foi achado com um corte profundo na região do pulso - michellechinol no Facebook

"Ela gostava muito de treinar e fazia amizade fácil com qualquer pessoa, além de ter uma comunicação legal com todos os alunos. Só tinham elogios para ela", diz o professor de artes marciais Angelo Tilapa, que dá aulas na academia que era frequentada por Michelle.

Poliana Foski, amiga de Michelle desde 2019, contou à reportagem que a vítima não tinha nenhum relacionamento sério, mas que estava se relacionando com alguém de uma das academias de luta que ela frequentava. "Essa pessoa não queria nada sério com ela, mas tinha bastante ciúmes dela com outras pessoas", disse.

O sonho de Michelle sempre foi morar na Itália, país no qual já tinha passado uma temporada. "Ela tinha voltado para o Brasil para poder arrumar os documentos que precisava para permanecer lá, e juntar dinheiro também", explicou Poliana.

Michelle Chinol tinha o sonho de morar na Itália, onde chegou a passar uma temporada
Michelle Chinol tinha o sonho de morar na Itália, onde chegou a passar uma temporada - @michellechinol no Facebook

Em nota, a Uber afirmou que está à disposição das autoridades e que Michelle "era cadastrada para atuar como motorista parceira, mas, pelas informações apresentadas, o caso não teria ocorrido durante viagem com o aplicativo. Portanto, sem relação com a plataforma da Uber".

"Traz enorme tristeza à Uber que cidadãos que desejam apenas gerar renda ou se deslocar sejam vítimas da violência que permeia nossa sociedade. Compartilhamos nossos sentimentos com a família neste momento tão difícil", completou a empresa.

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