Por mais de 40 anos, Otávio Vieira da Cunha Filho atuou como empresário no setor de transporte urbano de passageiros. Esteve à frente de empresas de ônibus, da liderança do sindicato e foi presidente-executivo da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos).
Nascido em Matias Barbosa (MG) passou parte da infância em Teresópolis (RJ), até se mudar para Belo Horizonte. Nessa época, seu pai, que era caminhoneiro, comprou uma empresa de ônibus na cidade mineira de João Monlevade.
Já na adolescência, Otávio começou a se interessar pelo trabalho do pai e pelo setor de transporte urbano.
Ele estudou e se formou em administração e contabilidade, no Rio de Janeiro. Na cidade, trabalhou em uma empresa têxtil até resolver voltar para Minas Gerais para atuar na empresa da família.
Na companhia, passou por todas as áreas: foi motorista, cobrador, mecânico, até assumir a presidência, quando o pai resolveu se aposentar.
Casou-se com Jurema, na capital mineira, e teve três filhos, Marcelo, Roberto e Paula.
Nessa época, Otávio vivia entre as cidades mineiras de João Monlevade e Belo Horizonte. Até que, em 1984, teve a oportunidade de comprar uma empresa de transporte em São Luís, no Maranhão –a Empresa de Transporte Roma.
A família então se mudou para a cidade maranhense e lá moraram durante 24 anos. Além de tocar a empresa, Otávio foi presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís, função que ele já havia exercido em Belo Horizonte.
Ainda morando em São Luís, em 1987, ele assumiu a função de presidente-executivo da NTU, em Brasília, e passou alguns anos na ponte aérea entre as duas cidades.
Em 2008, porém, resolveu vender a Empresa de Transporte Roma e se mudou de vez para Brasília, onde passou o resto da vida.
"A vida toda ele esteve nesse ramo de transporte. Ele entendia muito, se especializou nessa área", resume Paula da Cunha, filha de Otávio.
Fora da vida profissional, ele gostava de pescar e de futebol. Era torcedor do Flamengo e do Atlético Mineiro. "Desde pequeno o meu pai gostou de futebol", lembra a filha.
Em 17 de fevereiro, Otávio morreu, aos 81 anos, por complicações da Covid. Ele deixou a esposa, Jurema, os três filhos e cinco netos.
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