Descrição de chapéu Obituário Henrique de Oliveira Júnior (1920 - 2022)

Mortes: Dedicou boa parte dos seus 101 anos à sétima arte

Henrique de Oliveira Júnior produziu mais de 80 filmes e ganhou prêmios nacionais e internacionais

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São Paulo

Com mais de 80 filmes produzidos, participações em festivais e diversos prêmios nacionais e internacionais, Henrique de Oliveira Júnior dedicou boa parte dos seus 101 anos à sétima arte.

Apaixonado por fotografia e cinema, o seu interesse pela área começou cedo.

"Seu espírito criativo não ficava somente nos filmes e fotografia, sua busca pela perfeição fez com que ele mesmo criasse e produzisse seus próprios equipamentos, como amplificadores, caixas acústicas, projetor de filme e tantos outros", afirmou a filha Ana Maria de Oliveira Diniz.

Imagem em primeiro plano mostra homem idoso sentado em uma cadeira. Ao seu redor há equipamentos antigos de projeção de filme
Henrique de Oliveira Júnior (1920-2022) - Arquivo pessoal

Nascido em Valinhos, no interior de São Paulo, Henrique começou a trabalhar na infância, no armazém da família. Depois, na juventude, foi aprendiz de protético —que confecciona próteses—, profissão à qual se dedicou por um tempo.

No entanto, foi na arte que ele encontrou a paixão. O interesse por filmes surgiu quando começou a frequentar o cinema da cidade. A cabine de projeção era o lugar em que ele mais gostava de ficar. Por ali, ficava observando e até mesmo ajudando na projeção e na troca dos rolos de filme.

Aos 14 anos, começou a trabalhar como assistente de operador de cinema no antigo Cine Coliseu, em Campinas. Depois, chegou a trabalhar em outros cinemas até ser proprietário de uma sala no distrito de Souzas.

Foi neste cinema que conheceu a dona Zenith, com quem depois se casou e teve três filhas. O matrimônio durou 74 anos.

Como diretor, produziu os filmes "Lição Merecida" (1952), "O Artista" (1967), o curta "Ser" (1969), "Tabela" (1978), entre outros. Em 1977, ajudou a fundar o Museu da Imagem e do Som em Campinas.

"Uma grande honra e glória foi [ele] ter participado da fundação do MIS, onde participou como professor, cineasta e expositor", afirmou Ana Maria.

Em sua casa, montou um estúdio completo de gravação por onde passaram importantes artistas e músicos da região, lembra a filha.

Trabalhou também por um longo tempo na Prefeitura de Campinas cuidando do sistema de sonorização em eventos, Carnavais e shows. No Teatro Municipal, foi responsável durante algum tempo pela sonorização de óperas e peças teatrais.

Depois de uma vida feliz e promissora dedicada ao cinema, Henrique de Oliveira Júnior morreu aos 101 anos, de insuficiência renal. Ele deixa três filhas, seis netos e cinco bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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