O sindicalista Jiumar Moreira do Carmo destacava-se pela inteligência, dedicação e extrema responsabilidade com o trabalho. Tudo o que se propunha a fazer era perfeito.
Natural de Tucuruí (PA), em 1979, foi admitido na área de processamento de dados da Petrobras. A militância no movimento sindical começou cedo, bem antes de se tornar diretor do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros).
"Jiumar colaborou na reorganização do movimento sindical da categoria petroleira nos anos 1980", conta Bruno Terribas, um dos diretores do Sindicato dos Petroleiros do PA/AM/MA/AP.
Em 1987, Jiumar participou da eleição do Sindipetro, foi suplente da diretoria e desde então transitou por vários departamentos.
"Ele reunia as características importantes de um mentor intelectual", afirma Bruno.
Metódico, organizado e sistemático, Jiumar tinha visão crítica e séria de tudo o que fazia. Mesmo duro no debate político, nunca deixou de ser atencioso e educado. Sempre foi solidário e dedicado aos ideais que abraçou.
Ao longo de sua jornada na militância levantou muitas bandeiras: defesa dos direitos da classe trabalhadora, dos direitos sociais e trabalhistas, da Petrobras estatal e em prol do monopólio estatal do petróleo e gás. Também lutou pelos direitos dos funcionários ativos, aposentados e pensionistas.
Jiumar foi diretor do Sindipetro PA/AM/MA/AP, da Federação Nacional dos Petroleiros e militante do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado).
Desde o início da pandemia, Jiumar preocupou-se com os trabalhadores da Petrobras e participou de reuniões com a direção da empresa sobre as medidas de proteção contra a Covid-19 aos funcionários que estavam em atividades presenciais.
Segundo Bruno, Jiumar tinha os rins transplantados e foi infectado pelo coronavírus. O sindicalista morreu dia 24 de março, aos 62 anos, devido a complicações da Covid-19. Deixa a esposa, filhos e um neto.
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