Descrição de chapéu Obituário Ana Beatriz Wanzeler Tura (1969 - 2022)

Mortes: Psicóloga, atuou na saúde municipal pelos menos favorecidos

Ana Beatriz Wanzeler Tura era paraense e tinha amor pela dança e pela música

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São Paulo

Ana Beatriz Wanzeler Tura era psicóloga, porém a profissão que queria seguir na verdade era a de bailarina. Ela tinha um prazer enorme pela dança. Era muito boa também para lembrar letras de música, o que a fez sonhar em ser cantora um dia.

"Ela sempre teve um prazer enorme pelas artes, mas nunca conseguiu profissionalmente", lembra Fábio Antônio Tura, com quem foi casada por 21 anos.

Ana Beatriz nasceu no município paraense de Muaná, na ilha do Marajó, e foi criada em Belém. Quando se mudou para a capital paulista, conheceu Fábio Antônio. Em 2000, no dia do aniversário da psicóloga, 4 de julho, eles se casaram.

Imagem em primeiro plano mostra mulher loira sorrindo e posando para foto
Ana Beatriz Wanzeler Tura (1969-2022) - Arquivo pessoal

"Ela veio para São Paulo e me encontrou. Eu trabalhava na Folha e ela, no Datafolha. Vivemos felizes até enquanto durou", afirmou o marido.

Formada em psicologia na Universidade Federal do Pará, Ana Beatriz prestou um concurso público da Prefeitura de São Paulo e ingressou na rede de saúde municipal depois de anos trabalhando em um consultório particular.

"No primeiro momento, ela caiu em um local que eu não imaginava que fosse resistir. No CTA/SAE DST/Aids, da alameda Cleveland, no coração da cracolândia", afirma Fábio Antônio.

A unidade no centro paulistano foi o primeiro local designado a ela na saúde municipal. Na época, a psicóloga surpreendeu ao assumir a defesa dos menos favorecidos na cracolândia.

Por causa de sua boa atuação na área, foi depois convidada a trabalhar na UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Cecília, também na região central. Ali, atendeu transexuais que passavam por hormonioterapia. "Ela fez isso com muito amor", diz Fábio Antônio.

Na unidade, esteve à frente de um dos laboratórios de hormonioterapia de referência em São Paulo ao lado de outras duas médicas, segundo o marido. Com o fim do laboratório, ela passou a atender idosos na UBS.

No último dia 16 de fevereiro, Ana Beatriz morreu aos 52 anos de câncer. Ela deixa o marido, irmãos, sobrinhos e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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