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Trens da linha 9 da ViaMobilidade, em São Paulo, voltam a operar com lentidão após falha elétrica

Passageira torceu o pé ao pular de um trem e outros três tiveram mal súbito

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São Paulo

Os trens da linha 9-esmeralda, concedidos à ViaMobilidade, voltaram nesta sexta-feira (4) a circular com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações. Segundo a concessionária, um dos braços da CCR, o problema se deu por causa de falha no sistema de alimentação elétrica nas proximidades da estação Berrini.

A circulação foi prejudicada por volta das 9h40 e normalizada às 15h30. O problema foi provocado por falta de energia. Um trem não conseguiu chegar à plataforma e os passageiros tiveram que desembarcar na via, com apoio de colaboradores da ViaMobilidade, segundo a concessionária.

Passageiro na última quarta-feira (2) aguardando o embarque após falha na linha 9-esmeralda dos trens, sob gestão da concessionária ViaMobilidade - Reprodução/TV Globo

A ViaMobilidade disse que uma passageira torceu o pé ao pular do trem, foi atendida e encaminhada ao pronto-socorro de Santo Amaro.

Segundo a própria concessionária, outr os três passageiros tiveram mal súbito e foram atendidos por equipes de apoio. A ViaMobilidade disse que os usuários, logo depois, informaram que já estavam bem e não quiseram seguir para hospital.

A concessionária afirmou que técnicos trabalham para reestabelecer o sistema. Os trens estão circulando por uma única via entre as estações Berrini e Vila Olímpia.

A ViaMobilidade assumiu as linhas 9-esmeralda e 8-diamante em 27 de janeiro. Desde então, foram ao menos duas grandes paralisações que levaram, inclusive, ao acionamento do Paese, quando passageiros são obrigados a embarcar em ônibus lotados para chegar até o destino. A última delas aconteceu na quarta-feira (2), após um princípio de incêndio.

Reportagem da Folha nesta quinta (3) mostrou que, pouco mais de um mês depois da concessão, estações e a operação das linhas administradas pela ViaMobilidade seguem com problemas. Alguns, estruturais, herdados da CPTM e, outros, de manutenção, que poderiam ser solucionados em menor tempo, em tese.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há algumas hipóteses para as falhas no sistema elétrico. Uma delas seria a transição da mão-de-obra responsável pela manutenção da rede aérea, onde ficam os cabos que alimentam os trens, antes sob funcionários da própria CPTM e agora prestadores de serviços contratados pela ViaMobilidade.

Outra possibilidade seria o aumento de capacidade das subestações. "É a mãe desses problemas desses últimos meses", disse, na ocasião, o doutor pela Escola Politécnica da USP e especialista em transportes Telmo Giolito Porto. "Pelo que sei, isso está claro para eles. Inclusive, planejando investimentos", afirmou.

Em resposta aos problemas levantados pela reportagem desta quinta, a ViaMobilidade afirmou que, desde a assinatura do contrato de concessão, em 30 de junho, fez reuniões de consultoria, transferência de funções e treinamentos de equipes para a "realização do melhor processo de incorporação das linhas pela concessionária".

"O compromisso com a segurança é o principal ativo da companhia, que investe em treinamentos e na capacitação constante de seus colaboradores", disse, em nota.

A concessionária também disse que tem um diagnóstico e estruturou plano de ação para o primeiro ano de operações.

A ViaMobilidade venceu o leilão de concessão das linhas 8 e 9 em abril do ano passado, com uma oferta de R$ 980 milhões por 30 anos. A empresa opera também as linhas 4-amarela e 5-lilás, de metrô, e vai assumir o comando do monotrilho da linha 17-ouro.

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