Militar preso com cocaína em comitiva de Bolsonaro é expulso da FAB

Sargento Manoel da Silva Rodrigues foi condenado em fevereiro a 14 anos de prisão

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Brasília

O sargento Manoel da Silva Rodrigues, detido na Espanha após ser pego com cocaína em uma comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi excluído definitivamente dos quadros da FAB (Força Aérea Brasileira) nesta quinta-feira (12).

O militar brasileiro foi preso em junho de 2019 na cidade espanhola de Sevilha com 39 quilos da droga quando viajava como parte da tripulação de apoio ao presidente.

A expulsão do sargento é um desdobramento do processo aberto pela Justiça Militar para apurar as circunstâncias da apreensão da droga.

O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso em Sevilla, na Espanha, por transportar cocaína
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso em Sevilla, na Espanha, por transportar cocaína - Reprodução Rede Social

Em fevereiro, Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar a 14 anos e 6 meses de prisão e multa. Ele já havia sido condenado na Espanha, onde continua detido, a seis anos de prisão.

"Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país desde sua prisão em flagrante", disse a FAB em nota.

Ainda na nota, a FAB afirma que atua para "coibir irregularidades e que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional".

No julgamento do sargento realizado pela Justiça Militar no Distrito Federal, o juiz militar Frederico Magno de Melo Veras afirmou que a apreensão da droga indica que o acusado se dedicava a atividade criminosa.

Segundo o magistrado, houve má-fé do militar pelo fato de ele saber sobre regras internas a serem burladas para transportar a droga.

Rodrigues, afirmou o juiz, se valeu dos conhecimentos adquiridos como militar para se esquivar da fiscalização de suas bagagens, onde estava armazenada a droga.

O advogado Thiago Diniz Seixas, responsável pela defesa do militar, argumentou durante o julgamento que o sargento não atuou na exportação de drogas e que apenas transportou a cocaína.

A tese do advogado é que o sargento seria apenas uma mula do tráfico.

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